Tecnologias de ponta dinamizam operações de barter no agronegócio

Mariana Bonora, Guilherme Costa, Renato Girotto e Thiago Zampiere desenvolveram uma plataforma que garante mais segurança e funcionalidade às operações de barter. Foto: Divulgação

 

Novas plataformas voltadas para agilizar, propor soluções e dar mais transparência às operações de barter (sistema de troca, como por exemplo insumos por grãos)  prometem incrementar a gestão do agronegócio.

Uma das novidades é a Bart.Digital. De acordo com um de seus co-fundadores, Thiago Zampieri, com a ferramenta “é possível agilizar a formalização dos documentos por meio de geração automática de minutas, assinatura digital e gestão do fluxo da operação, o que garante menor exposição de risco, decorrente da volatilidade de câmbio e commodities”.

Entre outras soluções, o sistema também permite o monitoramento por satélite das áreas que estão vinculadas na operação de barter, garantindo mais segurança ao credor da operação.

“Nosso diferencial está justamente em aplicar tecnologias de ponta, fora da porteira, que visam a integrar os players, dinamizando e mitigando os riscos dessas operações”, salienta Zampieri, que desenvolve o projeto ao lado dos sócios Renato Girotto, Mariana Bonora e Guilherme Costa.

O diretor de TI da Bart.Digital explica que a ideia surgiu no início de 2016 em um ‘Hachathon’ (maratona de programação) de agronegócios na cidade de Londrina (PR). “Posteriormente, o projeto passou por uma fase de incubação na Esalq Tec em Piracicaba (SP) e de aceleração no Google Space SP em um programa da Startup Farm”.

A plataforma pode ser acessada de qualquer lugar pela internet e funciona sob licença de entrega por demanda. Recentemente, o projeto recebeu um aporte de R$ 2,2 milhões da SP Ventures.

Para Zampieri, o barter é “uma alternativa segura para trazer crédito privado ao agronegócio, e muito importante para suprir a falta de crédito oficial”.

 

SOLUÇÕES

Já o empresário Nelson Mamede, ex-diretor da Sadia, acredita que o barter “cria uma alternativa a mais na comercialização de produtos, principalmente quando existem entraves econômicos e financeiros, onde a melhor solução leva a empresa a se utilizar diretamente deste mecanismo de troca de bens”.

Com isso, acrescenta o executivo, “a empresa evita onerar suas linhas de crédito nos bancos para minimizar seus custos financeiros. Desta forma, produz, entre outras vantagens, melhor e maior integração com o mercado”.

À frente da Ligo Brasil, Mamede dedicou-se ao desenvolvimento de uma plataforma – que será lançada em 1º de novembro com chamada via Linkedin – para que seus colaboradores troquem informações e tragam soluções. “Estas ferramentas serão usadas como instrumentos para conferir agilidade aos processos”.

O executivo explica que sua empresa foi constituída no sistema Wiki (colaborativo), a partir de uma rede montada por especialistas com larga experiência no comércio exterior, que elaboraram soluções de countertrade, onde o barter é uma das modalidades do mercado. “Não somos trading e nem serviço de consultoria, e sim um banco de negócios”, enfatiza Mamede. “Buscamos soluções para os problemas criados pela dinamização dos mercados”.

No momento, a Ligo Brasil está captando pessoas com larga experiência em comércio exterior. “Diferentemente dos parâmetros usuais de mercado, remuneramos os parceiros de acordo com quem oferece as melhores soluções”.

Segundo Mamede, a sociedade vivencia atualmente a mudança da era industrial para a do conhecimento. “As inovações tecnológicas já mudaram o agronegócio brasileiro e continuarão a ser impostas. Nesse sentido, as empresas têm de evoluir e se atualizar de forma constante, para não correrem o risco de desaparecer”, conclui.

 

Equipe SNA/Rio

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