Sylvia Wachsner recebe Mônika Bergamaschi no estande da SNA na BioBrazil Fair

Sylvia Wachsner (à esq.) recebe Mônika Bergamaschi no estande da SNA

Por Equipe SNA

O estande do CI Orgânicos na BioBrazil Fair | BioFach 2013, que aconteceu de 27 a 30 de junho em São Paulo, recebeu a visita de importantes atores da cadeia de orgânicos, parceiros e autoridades, como a secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi. “Conseguimos promover negócios importantes e uma grande troca de experiências. Os parceiros ficaram muito satisfeitos”, comemora Sylvia Wachsner, coordenadora do projeto da SNA, que tem o apoio do Sebrae.

O evento abrigou o 9º Fórum Internacional de Agricultura Orgânica e Sustentável, que abordou alternativas para ampliar o consumo e estimular ganhos na produção dos orgânicos. Uma das palestrantes do fórum, Sylvia Wachsner trouxe à discussão, entre outros pontos, a necessidade de o governo agilizar a autorização do uso de insumos orgânicos, cujo atraso limita o crescimento do setor. “Estamos cobrando uma resposta do Ministério da Agricultura sobre esses insumos, o processo está parado há mais de três anos e ainda não se tem a liberação. Enquanto isso, insumos convencionais são liberados frequentemente. Se queremos que a agricultura orgânica cresça, precisamos dessa decisão imediata”, defende ela.

Produtos inovadores em exposição

Entre as atrações do estande do CI Orgânicos, estiveram produtos e novidades de seus parceiros. A Epicuro promoveu o lançamento de bebidas orgânicas energéticas à base de guaraná, como o A21, que tem o mesmo teor de cafeína dos energéticos convencionais, mas é feito à base de guaraína, que substitui a taurina. Ainda no setor alimentício, o espaço da SNA contou com a parceria da empresa Amora Verde, que promoveu o lançamento do palmito de palmeira real em conserva.

Para alérgicos a produtos de limpeza, a Cassiopeia apresentou a linha Bio Wash Eco, lava-louças que tem composição 97% natural e não possui derivados de petróleo em sua fórmula. Já a empresa Preserva Mundi apostou em saúde e bem-estar com seus repelentes, sabonetes e óleos orgânicos.

Para a consumidora Giselle Azevedo, a feira amplia o conhecimento sobre os benefícios e a abrangência dos produtos orgânicos. “Confesso que, por causa da feira, comecei a me interessar mais por esse tipo de alimento. Vi que orgânicos são muito mais que alface e tomate. São chocolates, vinhos, massas, cosméticos e outros produtos que chegam a apresentar, inclusive, preços semelhantes aos convencionais”, diz a visitante.

Maria Helena Rocha, gerente de produção na Novo Citrus, empresa que participa do projeto OrganicsNet, da SNA, destacou o potencial da feira para negócios. “Estar na BioBrazil significa apresentar novos produtos, encontrar parceiros e ampliar nosso mercado”, comemora.

Árvore da Sustentabilidade

Escultura criada especialmente para a ocasião, a Árvore da Sustentabilidade chamou a atenção dos visitantes, que anexavam na árvore mensagens com suas opiniões em torno dos produtos orgânicos. “A escultura permite que saibamos o que as pessoas pensam sobre os orgânicos. Coletaremos todas as opiniões e faremos uma análise dos dados”, explica Wachsner.

Especialistas estrangeiros falam sobre potencial do mercado interno

O projeto Organics Brazil, iniciativa de apoio a empresas brasileiras de orgânicos certificados para exportação, reuniu estrangeiros envolvidos com o setor no mercado internacional para uma coletiva de imprensa. Min Liu, coordenador executivo do projeto, falou sobre o potencial de expansão do segmento no país, que atualmente movimenta 1,5 bilhão de reais. “Acreditamos que nos próximos anos esse número alcance dois dígitos”, estima.

A importância que o mercado interno pode representar nesse incremento foi ressaltada por Janis H. Grover, gerente geral da Metabrand, laboratório de formulação premium e distribuidor de ingredientes de produtos naturais para as indústrias de bebidas e suplementos. “É necessário enxergar as necessidades, as demandas do consumidor e atendê-las. O Brasil tem um enorme potencial no mercado doméstico. E precisa se fortalecer internamente”, afirma Grove, apontando a educação como o maior desafio a ser vencido para a promoção deste fortalecimento: “O Brasil precisa formar pessoas capacitadas para negócios, gestão e empreendedorismo, e isso tem que começar nas escolas, preparando a nova geração”.

Já Matthew Holmes, diretor da Canada Organic Trade Association (COTA), reforçou o crescente interesse externo nos alimentos orgânicos brasileiros, citando o açúcar, o café, o açaí e o segmento de sucos como os mais atraentes atualmente. “Também me chamaram a atenção as embalagens, o design, como os produtos se apresentam. Nisso, o Brasil vai muito bem, e também na área de cosméticos, que pode ser uma grande oportunidade para produtores brasileiros.”

Ainda estiveram entre os convidados da conferência, Katherine Di Mateo, consultora internacional e ex presidente da IFOAM, que falou sobre as barreiras de regulamentação do setor dentro e fora do país, e Amarjit Sahota, diretor executivo do instituto de pesquisa Organic Monitor, que apontou que a entrada de novas empresas no mercado brasileiro impulsionou a competitividade, contribuindo para a melhora na qualidade dos produtos.

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