Suínos: exportação do Brasil para China deve aumentar 20% em 2018

A China deve importar 6% mais carne suína em 2018 e o Brasil terá parte importante deste mercado. A previsão é do Rabobank. A estimativa é de que o país, que em 2017 exportou 50.000 toneladas de carne suína para a China (40% menos que no ano anterior), eleve em 20% os embarques, para algo em torno de 60.000 toneladas.

No ano passado, o país asiático reduziu de modo geral as compras, consumindo estoques. O Rabobank informa, em recente relatório sobre o setor, que para o atual ano a oferta interna será menor, obrigando a retomada da importação em maior volume.

O banco destaca ainda que, no tocante às exportações brasileiras da proteína como um todo, o bloqueio da Rússia, que suspendeu em novembro as compras de carne bovina e suína do Brasil, ainda é uma incógnita. No ano passado, os russos receberam cerca de 40% do total de carne suína exportado pelo país.

O Rabobank ressalta que, embora a alegação russa para o bloqueio fosse a presença de ractopamina (substância proibida na Rússia) na carne brasileira, “não há informações públicas disponíveis que demonstrem os resultados oficiais ou uma lista com os lotes afetados”.

O governo e a indústria brasileira afirmam que a retomada do mercado deve acontecer ainda neste trimestre. Paralelamente, o Rabobank afirma que o consumo doméstico de carne suína no Brasil deve crescer em 2018 entre 2% e 3%, como consequência da melhora no ambiente econômico do país.

Em relação aos preços, a perspectiva é de que o setor deve ter margens melhores, pelo menos neste início de ano, em decorrência de preços estáveis da ração neste primeiro trimestre.

“No entanto, incertezas rondando a safrinha de milho podem impactar os preços da ração no segundo trimestre”, diz o Rabobank, se referindo ao atraso na colheita da soja, que pode comprometer a semeadura do cereal dentro da janela ideal de plantio.

 

Fonte: Agência Estado

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