Soja: Rio Grande fecha a R$ 78,00 para maio e negócios têm ritmo melhor no Brasil

Nesta quarta-feira (21/2), os contratos futuros da soja registraram um novo dia de alta na Bolsa de Chicago e, mais uma vez, os ganhos impactam diretamente os preços no Brasil e ajudam a dar mais ritmo para os negócios no mercado doméstico. Embora mais tímidas do que no dia anterior, boa parte das principais praças de comercialização do país fecharam em alta de 0,34% a 2,22%, com a saca cotada acima dos R$ 60,00.

No porto de Rio Grande, a saca da soja para embarque maio/18 foi cotada a R$ 78,00, em alta de 0,39%, enquanto no mercado disponível foi cotada a R$ 77,00, mesmo preço registrado no porto de Santos. No terminal de Paranaguá, a saca no mercado disponível foi cotada a R$ 76,50.

O reflexo da alta internacional está correndo nos preços, mesmo com um avanço bem interessante da colheita no Brasil. É uma alta extemporânea, não é momento da soja subir de preço no Brasil, porque são meses em que os preços caem. E temos que lembrar que também o câmbio, mesmo com muita flutuação, tem trazido boas oportunidades, disse o consultor de mercado Flávio França Junior, da França Junior Consultoria.

Dessa forma, o executivo alerta aos produtores brasileiros para essa boa janela de comercialização, uma vez que se trata de um ‘pico de preços generalizado’. Além disso, segundo França, um ritmo melhor da colheita esperado para os próximos dias poderia trazer alguma limitação dessa alta. Segundo dados da consultoria, cerca de 17% da safra 2017/18 já foram colhidos, contra 26% do ano passado e 20% da média dos últimos cinco anos.

Além disso, a demanda pela soja brasileira se mostra ainda muito consistente, crescendo e contribui para esse quadro.

Milho reflete menor disponibilidade de oferta e o março/18 sobe mais de 2% na BM&F

O pregão desta quarta-feira (21/2) foi positivo para os contratos futuros do milho negociados na BM&F Bovespa. Os principais vencimentos subiram entre 1,24% e 2,97%. O março/18 consolidou o patamar de R$ 36,00 a saca e encerrou o dia a cotado a R$ 36,36 a saca. O maio/18 fechou cotado a R$ 35,39 a saca e o setembro/18 a R$ 33,38 a saca.

Segundo o consultor, Flávio França Junior, as cotações da bolsa refletem, principalmente, o comportamento do mercado de São Paulo. O mercado paulista acaba balizando as cotações e não temos, nesse momento, disponibilidade de oferta. O mercado está bem escasso de produto, disse.

A colheita da safra de verão mais lenta e a preferência dos produtores em negociarem a soja também ajuda a dar suporte aos preços do cereal. Temos altos estoques de milho, mas a prioridade é vender a soja e os preços do milho estão subindo em um momento em que normalmente não sobem, disse França.

Por outro lado, as incertezas trazidas pelo comprometimento da janela ideal de plantio do milho safrinha seguem no radar do mercado. Segundo o consultor Vlamir Brandalizze, cerca de 60% da safrinha ainda precisa ser plantada no país.

Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a saca subiu 4,35% em Campo Grande (MS), cotada a R$ 24,00.

Em Mato Grosso, as praças de Campo Novo do Parecis e Tangará da Serra também registraram altas nesta quarta-feira. A saca foi cotada a R$ 19,50 e R$ 20,50, respectivamente. Em São Gabriel do Oeste (MS), a alta foi de 2,08%, com a saca cotada a R$ 24,50. Já em Assis (SP), a alta foi de 1,08%, com a saca cotada a R$ 28,00.

Em contrapartida, em Sorriso (MT), a saca caiu 7,14%, cotada a R$ 13,00. No Oeste da Bahia, a queda foi de 3,70%, com a saca cotada a R$ 26,00.

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