Soja intensifica queda em Chicago. No Brasil, a alta do dólar contribuiu para subir os preços

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago voltaram a fechar em baixa, com os principais vencimentos registrando quedas de 10,50 a 10,75 centavos. O janeiro/18 fechou cotado a US$ 9,92 e o maio/18 a US$ 10,14 ¾ o bushel.

Os contratos futuros do farelo também voltaram a fechar em baixa, com os principais vencimentos registrando perdas de US$ 6,40 a US$ 7,10 por tonelada curta. O janeiro/18 fechou cotado a US$ 335,20 e o maio a US$ 340,90.

Segundo analistas e consultores, a pressão ainda vem de vendas de grandes posições dos fundos diante, principalmente no caso da soja, das previsões que indicam condições ligeiramente melhores para a Argentina nos próximos dias.

“O mercado processou as atualizações climáticas para a América do Sul, com novas configurações de tempo um pouco mais úmido para a Argentina no período de 9 a 10 dias. Estamos vivenciando um mercado de clima e por enquanto as oscilações deverão continuar”, dissea o diretor da Labhoro Corretora, Ginaldo Sousa.

Ainda segundo informações apuradas pela Labhoro, há mapas indicando mais chuvas para a Argentina para os próximos 8 a 10 dias. O padrão, entretanto, não é semelhante entre todas as previsões.

“Hoje a expectativa é de tempo seco para a Argentina e para amanhã algumas áreas como extremo leste de Buenos Aires, sul de Santa Fé e faixa do noroeste ao sudeste de Córdoba podem receber precipitação entre 5 e 20 mm. Já para sexta-feira, 8/12, os mapas não mostram chuvas”, indicou a corretora.

E por lá e também no Brasil, as temperaturas começam a subir e também exigem um pouco mais de atenção.

Ademais, nesta quinta-feira, 7/12, o dólar fechou em forte alta no Brasil, registrando um ganho de 1,73%, cotado a R$ 3,2865 para a venda.

Foi esse patamar do dólar que ajudou a segurar os preços no mercado brasileiro.

Dessa forma, em Paranaguá, a saca da soja disponível fechou cotada a R$ 76,00 e a da safra nova a R$ 76,50, ambas em alta de 0,66%. Em Rio Grande, no mercado disponível, a saca subiu 0,67% para R$ 74,60, enquanto a da nova safra caiu 0,92%, para terminar os negócios cotada a R$ 75,80.

No interior, boa parte das praças de comercialização também regstraram algumas boas altas nesta quinta-feira. Em São Gabriel do Oeste/MS, por exemplo, a saca subiu 1,64% para R$ 62,00, enquanto em Itiquira/MT subiu 1,88% para R$ 65,00 e em Castro/PR, alta de 1,35% para R$ 75,00.

USDA: Vendas semanais

Na semana encerrada em 30 de novembro, as vendas americanas de soja somaram 2.015.800 toneladas da safra 2017/18, contra a expectativa do mercado de 900.000 a 1.6 milhão de toneladas. O destino principal foi, como de hábito, a China. O acumulado das vendas no ano comercial já chega a 36.341.500 toneladas, ainda abaixo das do ano passado, quando mais de 43 milhões de toneladas já estavam comprometidas nesse período. O USDA estima que as exportações totais dos EUA totalizem 61.240.000 toneladas.

Milho: Com a alta do dólar, saca sobe 5% em Paranaguá e retorna ao patamar de R$ 31,00

Os contratos futuros do milho negociados na CBOT fecharam em leve baixa, com os principais vencimentos registrando quedas de 0,75 a 1,25 centavos. O março/18 fechou cotado a US$ 3,51 ½ e o maio/18 a US$ 3,68 ½ o bushel.

Segundo a Reuters, o declínio registrado nos preços do trigo pesaram sobre as cotações do milho, que atingiram o nível mais baixo desde o dia 29 de novembro, Os contratos futuros do trigo caíram de 2,50 a 3,75 centavos, pressionados pela perspectiva de uma grande safra no Canadá.

Paralelamente, as cotações do milho em Chicago ainda são pressionadas pela grande oferta mundial. Do mesmo modo, a lentidão nos embarques norte-americanos também contribuem  para a pressão negativa.

Além disso, o comportamento do clima na América do Sul segue no radar do mercado.

USDA: Vendas semanais

Foram vendidas 876.400 toneladas de milho, enquanto o mercado esperava por algo entre 800.000 e 1.2 milhão de toneladas, com a Colômbia sendo o maior comprador. O volume vendido pelos EUA já soma 22.899.100 toneladas, contra 37.577.800 toneladas do ano passado, nesse mesmo período. As exportações americanas são estimadas pelo USDA para a temporada em 48.900.000 toneladas.

Mercado no Brasil

Com o suporte do dólar, as cotações dos contratos futuros do milho negociados na BM&F Bovespa subiram no pregão desta quinta-feira (7). Os principais vencimentos finalizaram o dia em alta de 0,46% a 1,46%. O janeiro/18 fechou cotado a R$ 32,57/saca e o março/18 a US$ 33,75/ saca.

No Porto de Paranaguá, a alta foi de 5,08%, com a saca cotada a R$ 31,00.

No mercado doméstico, as cotações também registraram ligeiras altas nesta quinta-feira. Segundo o levantamento do economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Sorriso (MT), a saca subiu 3,70%, cotada a R$ 14,00. Na região de São Gabriel do Oeste (MS), a saca subiu 2,38%, cotada a R$ 21,50.

Em Campinas (SP), a saca subiu 1,63% , cotada a R$ 31,10. Na localidade de Castro (PR), a saca fechou a quinta-feira cotada a R$ 29,50, em alta de 1,72%.

O mercado permanece focado no desempenho das exportações brasileiras e também no maior interesse interno de venda. No acumulado do ano, as exportações somam 25.7 milhões de toneladas, contra as 33 milhões de toneladas estimadas para essa temporada.

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp