Soja fecha em alta na Bolsa de Chicago, mas só recupera uma pequena parte da forte queda de ontem

Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago fecharam em alta, em um movimento de correção técnica após a forte queda de ontem. Os principais vencimentos registraram ganhos de 5 a 5,75 centavos. O maio/18 fechou cotado a US$ 10,28 ¼ e o julho/18 a US$ 10,39 o bushel.

Os contratos futuros do farelo de soja na Bolsa de Chicago também fecharam em alta, ensaiando uma pequena recuperação da forte queda de ontem. Os principais vencimentos registraram ganhos de US$ 2,90 a US$ 3,10. O maio/18 fechou cotado a US$ 361,70 e o julho/18 a US$ 364,20 por tonelada curta.

O mercado buscou uma recuperação depois do tombo do pregão anterior, quando fechou o dia em queda de 2,5%, refletindo a pressão de chuvas que chegaram à Argentina e do movimento de liquidação de posições compradas pelos fundos. Segundo informações apuradas pela Labhoro Corretora, foram vendidos 25.000 contratos de soja.

O que ainda pressiona as cotações também são as boas expectativas para a safra brasileira, que está em plena colheita, além de uma demanda que ainda patina nos EUA. Apesar das boas vendas reportadas na semana anterior, os embarques trazidos ontem pelo USDA ficaram bem abaixo das expectativas do mercado.

Safra de MS

A Aprosoja/MS – Associação dos Produtores de Soja de MS aumentou em 3% a previsão inicial da colheita da safra 2017/2018 de soja em Mato Grosso do Sul. Com isso, a instituição projeta, agora, que a produção da oleaginosa deve atingir 9.048 milhões de toneladas.

Segundo a Circular Técnica, divulgada nessa segunda-feira (19/3), a produtividade média no estado é de 58 sacas/ha. “O clima favoreceu o desenvolvimento das lavouras e as plantas elevaram seu potencial produtivo, com isso, o agricultor conseguiu colher duas sacas a mais por hectare”, disse o presidente da Aprosoja/MS, Juliano Schmaedecke.

Até o momento, mais de 85% da área de soja teve a colheita concluída, segundo informações do SIGA/MS – Sistema de Informações Geográficas do Agronegócio.

Segundo consultas aos sindicatos rurais e/ou empresas de assistências técnicas dos municípios e informações obtidas em campo, houve evolução da colheita da soja nas regiões Sul, Centro e Norte do estado, sendo o Norte a região com maior taxa de avanço, em torno de 82,2%.

Em relação ao plantio do milho safrinha, nos últimos 10 dias, os trabalhos no campo evoluíram 24% da área, até o dia 16 de março. Com isso, até o momento, a semeadura atingiu 81,4%.

Milho: Fecha em baixa pelo quinto pregão consecutivo na CBOT

Os contratos futuros do milho na Bolsa de Chicago fecharam em baixa pelo quinto pregão consecutivo. Os principais vencimentos registraram perdas de 0,25 a 0,75 centavos. O maio/18 fechou cotado a US$ 3,74 ½ e o julho/18 a US$ 3,82 ½ o bushel.

O mercado chegou a negociar em alta, mas voltou a recuar. Ainda nesta segunda-feira, os preços caíram influenciados pelas quedas mais expressivas registradas nas cotações do trigo. Por sua vez, as cotações do trigo recuaram diante das chuvas em algumas regiões produtoras nos EUA.

“Além disso, para o milho, alguns analistas citam a pressão das chuvas na Argentina”, informou a Reuters.

Outro fator que também segue no radar do mercado é a demanda aquecida pelo produto americano. Nesta terça-feira, o USDA anunciou a venda de 110.000 toneladas da safra 2017/18 para o Peru.

Mercado brasileiro

Segundo levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Não-me-toque (RS), a saca subiu 3,13% e foi cotada a R$ 33,00. Na região de Em Campo Grande (MS), a alta foi de 3,03%, com a saca cotada a R$ 34,00.

Na região de Panambi (RS), a saca subiu 3% e foi cotada a R$ 33,00. Em Assis (SP), a alta foi de 1,47%, com a saca cotada a R$ 34,50. Em Castro (PR), a saca caiu 4,76%, sendo cotada a R$ 40,00.

Na BM&F Bovespa, os contratos futuros do milho voltaram a subir nesta terça-feira e finalizaram o dia em alta de mais de 4% nos principais vencimentos. O maio/18 fechou cotado a R$ 39,30 a saca e o julho/18 a R$ 37,90. O setembro/18 encerrou a sessão a R$ 35,80 a saca.

A pequena disponibilidade do grão no mercado interno ainda continua a dar sustentação aos preços. Além disso, a retração dos vendedores também contribui para a formação do cenário, segundo os analistas.

Por outro lado, as atenções também estão voltadas para a colheita da safra de verão. Até a última semana, 34% da área plantada já havia sido colhida no Centro-Sul, segundo levantamento da AgRural.

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