Setor de carnes comemora credenciamento de novos frigoríficos pela China e México

A ministra Kátia Abreu durante visita ao ministro chinês, Zhi Shueing, em Pequim: governo asiático publicou a habilitação de três novas plantas produtoras de carne bovina, duas de aves e duas de suínos. Foto: Pricilla Mendes/Mapa
A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, durante visita ao ministro chinês, Zhi Shueing, em Pequim: governo asiático publica habilitação de três novas plantas produtoras de carne bovina, duas de aves e outras duas de suínos. Foto: Pricilla Mendes/Mapa

O setor de proteína animal está comemorando as boas notícias relacionadas ao credenciamento de novas unidades frigoríficas para exportação. Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu anunciou nesta terça-feira, 17 de novembro, a abertura de 22 fábricas para comercialização de carnes do Brasil.

Neste mesmo dia, o governo chinês publicou a habilitação de três novas plantas produtoras de carne bovina, duas de aves e duas de suínos; enquanto o México habilitou 15 novas unidades brasileiras, sendo 12 para comercialização de frango e três de carne de peru.

“Estas manifestações representam um avanço para os setores de aves e suínos e demonstram a confiança de outros países no Brasil, como grande parceiro no fornecimento de alimentos de qualidade, com sanidade”, avalia Ricardo João Santin, vice-presidente da divisão de Aves da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Santin também menciona a abertura do mercado do Japão para ovos in natura do Brasil, ocorrida no mês passado, e acrescenta que, a grande expectativa, agora, é com relação à conquista dos mercados da Coreia do Sul (suínos), Singapura (ovos), Camboja e República Dominicana (aves), prevista para o próximo ano.

Segundo a ABPA, as novas unidades habilitadas para embarques de aves para o mercado chinês estão localizadas em Goiás (São Salvador) e no Paraná (GTFoods), enquanto as habilitações para suínos são de Santa Catarina. As novas plantas se somarão às 28 unidades frigoríficas exportadoras de carne de frango e seis de carne suína que estão autorizadas a enviar seus produtos para a China.

 

Vice-presidente da Divisão de Aves da APBA, Ricardo João Santin afirma que a expectativa, agora, é com relação à abertura dos mercados da Coreia do Sul (suínos), Singapura (ovos), Camboja e República Dominicana (aves), prevista para o próximo ano. Foto: Edi Pereira/ABPA
Vice-presidente da Divisão de Aves da APBA, Ricardo João Santin afirma que a expectativa, agora, é com relação à abertura dos mercados da Coreia do Sul (suínos), Singapura (ovos), Camboja e República Dominicana (aves), prevista para o próximo ano. Foto: Edi Pereira/ABPA

Na opinião de Santin, as autorizações da China significam o fortalecimento da parceria que o Brasil tem há muitos anos na área de frango e que agora está começando nos suínos.

“Para o frango, é um avanço e vai representar a melhora no perfil de nossas vendas, com mais plantas e mais diversificação de fornecedores, ampliando o volume de venda, o que é bom para o País, porque aumenta a nossa receita cambial. Além disso, os preços da China são melhores que os produtos brasileiros que entravam no mercado chinês via Hong Kong”,  explica.

No caso da carne suína, o executivo da APPA afirma que as novas autorizações também serão muito importantes, uma vez que o Brasil entrará em um nicho de complementação da produção chinesa.

O Ministério da Agricultura destacou, em nota à imprensa, que o anúncio ocorreu após encontro entre a ministra Kátia Abreu, e o ministro da Administração de Qualidade, Supervisão, Inspeção e Quarentena da China  (AQSIQ), Zhi Shueing.

Em  nota, o presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, afirmou que as novas habilitações são resultado da atuação da associação e do Ministério Agricultura. “A forte negociação da Ministra Kátia Abreu e da equipe do Mapa agilizaram foram muito importantes nesse processo”, atestou.

Segundo o Mapa, a estimativa é cada uma das sete novas unidades gerem uma receita anual de US$ 18 milhões a US$ 20 milhões em exportações para o mercado chinês.

MERCADO MEXICANO

As 15 novas plantas habilitadas para exportar para o México estão localizadas em Santa Catarina, Goiás, Paraná, São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais, e se somam às cinco unidades (SC, RS, PR e SP), Paraná e São Paulo – atualmente autorizadas a embarcar produtos avícolas para o país da América Central.

A ABPA credita a habilitação de unidades frigoríficas para o mercado mexicano ao trabalho de uma missão, realizada no Brasil, entre 22 de agosto e 4 de setembro deste ano, e também à reunião recente, na cidade do México, entre técnicos dos dois países, sob a coordenação do Mapa.

“Esse resultado importante reflete a conclusão da missão de auditoria do serviço de sanidade animal mexicano no Brasil”, comentou a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo, em nota à imprensa.

CARNE BOVINA

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), as três plantas frigoríficas que receberam autorização para exportar carne para a China são Mataboi (Minas Gerais), Frisa (Espírito Santo) e Marfrig (Rio Grande do Sul). Fernando Sampaio, diretor-executivo da Abiec, afirma que a expectativa é que cada planta exporte, mensalmente, até US$ 10 milhões para o mercado chinês.

Com as novas unidades, agora, o Brasil soma agora 11 plantas frigoríficas exportadoras de carne para o país asiático.

VENDAS EXTERNAS

De acordo com a ABPA, este ano, o Brasil embarcou para o mercado chinês 253,5 mil toneladas de carne de frango, o que representa um incremento de 34% acima do registrado no ano anterior.  Já de carne suína, o País exportou, até outubro, 3 mil toneladas, volume 278% superior  ao mesmo período do ano passado.

No acumulado de janeiro a outubro, o Brasil exportou 25,27 mil toneladas de carne de frango, um aumento de 114,6% na comparação com o mesmo período de 2015.

Desde junho, o Brasil enviou 61 mil toneladas de carne bovina brasileira para a China, o equivalente a US$ 306 milhões, segundo a Abiec.

Por equipe SNA/SP

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