Setor de agroquímicos sofre queda de 25% nas vendas

Temperaturas elevadas com seca prolongada, alta do dólar e maior número de produtos estocados nos canais de distribuição são responsáveis pela queda de 25% nas vendas do setor de defensivos agrícolas. Foto: Divulgação
Temperaturas elevadas com seca prolongada, alta do dólar e maior número de produtos estocados nos canais de distribuição são responsáveis pela queda de 25% nas vendas do setor de defensivos agrícolas. Foto: Divulgação

Temperaturas mais altas com seca prolongada, que favoreceram a queda do nível de infestação de pragas nas lavouras, a valorização do dólar frente ao real e um número maior de produtos em estoque nos canais de distribuição são responsáveis pela redução de 25% nas vendas do setor de agroquímicos no País. O balanço, referente ao primeiro semestre deste ano, foi divulgado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), no último dia 25 de agosto.

“Sem a necessidade de aplicar defensivos agrícolas no campo, o produtor rural costuma não investir em tecnologia e os canais de distribuição não precisam reabastecer seus estabelecimentos comerciais”, comenta Silvia de Toledo Fagnani, vice-presidente executiva do Sindicato.

De acordo com ela, a dificuldade de acesso ao crédito continua, “o que tem levado o agricultor a esperar o momento mais adequado para efetuar suas compras”.

“O crédito, que ainda tem chegado de forma lenta ao mercado, e a questão de o produtor estar se adequando aos preços da soja, mais baixos se comparados aos valores de 2014, também afetaram o setor de defensivos agrícolas”, destaca.

Diante do cenário, o Sindiveg espera um “ano flat”, ou seja, com “crescimento modesto, até porque 2015 será marcado pelos ajustes da indústria, em um ano de crise econômica”.

“O crédito, que ainda tem chegado de forma lenta ao mercado, e a questão do produtor, que está se adequando aos preços da soja, mais baixos se comparados aos valores de 2014, também afetaram o setor de defensivos agrícolas”, ressalta Silvia de Toledo Fagnani, vice-presidente executiva do Sindiveg. Foto: Divulgação Sindiveg
“O crédito, que ainda tem chegado de forma lenta ao mercado, e a questão do produtor que está se adequando aos preços da soja, mais baixos se comparados aos valores de 2014, também afetaram o setor de defensivos agrícolas”, ressalta Silvia de Toledo Fagnani, vice-presidente executiva do Sindiveg. Foto: Divulgação Sindiveg

CAMPANHA CONTRA PRODUTOS ILEGAIS

Enquanto o cenário da economia brasileira não favorece o setor, o Sindiveg, em parceria com a Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav), segue com sua campanha nacional contra agroquímicos e medicamentos animais ilegais e contrabandeados, cuja nova fase foi lançada em abril passado, após 13 anos de implantação. O intuito é orientar agricultores e revendas sobre este tipo de atividade criminosa.

De acordo com o Sindicato, a maior parte dos produtos contrabandeados entra no Brasil pela fronteira com o Paraguai. Até 2010, os agroquímicos falsificados representavam apenas 5% das apreensões, mas, no ano passado, este número saltou para 50%. Isto significa, segundo a entidade, que o comércio de produtos falsos se equiparou ao de contrabando.

Para evitar a aquisição de agroquímicos de origem duvidosa e/ou criminosa, o Sindiveg orienta produtores rurais a observar três pontos simples na hora de comprar o produto: embalagem, rótulo e preço. O destaque é para rótulos de embalagens com inscrições em espanhol ou chinês ou até mesmo sem rótulos.

“Se o valor de venda está abaixo do praticado no mercado, também é de se suspeitar, pois os produtos ilegais chegam a custar até dez vezes menos”, avisa Silvia.

De acordo com a Andav, a campanha nacional contra os agroquímicos ilegais mantém, há mais de uma década, o serviço de Disque Denúncia: 0800 940 7030. Em 13 anos, foram recebidas mais de 12 mil ligações.

O contato por telefone é gratuito, anônimo e as denúncias são encaminhadas diretamente às autoridades policiais. Para mais informações sobre a campanha, acesse o site www.sindiveg.org.br.

Por equipe SNA/RJ

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