Segunda edição do projeto sustentável ‘Campos do Araguaia’

A Liga do Araguaia quer difundir uma pecuária sustentável e produtiva em nove municípios da região

A fazenda Água Viva, localizado no município de Cocalinho (MT), recebe no próximo dia 11 de novembro a segunda edição do “Campos do Araguaia”. Gratuito e aberto ao público, o evento é organizado pela Liga do Araguaia e tem por objetivo divulgar e difundir práticas sustentáveis para a atividade pecuária, buscando, entre outras iniciativas, reduzir emissões de GHG, regularização ambiental e restauração florestal.

O projeto, iniciado em julho de 2016, é resultado da parceria do Grupo Roncador/Agropecuária Água Viva com as instituições The Nature Conservancy (TNC) e The Sustainable Trade Initiative. A iniciativa visa promover a recuperação ou reforma de pastagens degradadas em 50 propriedades rurais de nove cidades da região.

“Durante o evento vamos debater e apresentar aos pecuaristas técnicas que ajudam a aumentar a produtividade e resultados, mas com sustentabilidade e buscando atender às certificações ambientais. Queremos também orientar esses produtores em possíveis dificuldades que estejam enfrentando, como por exemplo, a obtenção de crédito. O interessante é que teremos um painel já voltado para os resultados obtidos nos projetos na Fazenda Água Viva”, diz Caio Penido, diretor de Novos Negócios e Sustentabilidade do Grupo Roncador e idealizador do projeto.

Penido conta que entre as técnicas que estão sendo difundidas está a subdivisão das áreas de pastagens. Ao invés de o gado ficar solto por todo o terreno, o animal fica restrito a extensões cercadas que vão sendo alternadas.

“Muitas vezes, o gado prefere pastar em uma determinada área de terreno, causando um desgaste maior do solo naquele ponto, enquanto outras áreas ficam com o capim alto.  Em alguns casos esta vegetação já está tão alta que o próprio gado não quer mais consumir. Com o rodízio de áreas, estes problemas ficam mais controlados e o desgaste do solo da pastagem também”, exemplifica.

O executivo narra que muitos pecuaristas demonstram receio em adotar essa e outras mudanças porque, além de investimentos, exigem que a equipe da fazenda esteja muito afinada para evitar perdas. “O Dia de Campo é ideal para isso, porque permite que todos participem das visitas, tirem suas dúvidas e percam o medo”, defende Penido.

Um dos destaques desta edição será a assinatura do Termo de Cooperação Liga do Araguaia/Embrapa, que buscará aferir e padronizar os resultados do “Projeto Carne Carbono Neutro na Intensificação e na Integração Lavoura – Pecuária”.

“A Liga do Araguaia quer buscar padrões de qualidade e sustentabilidade para a carne da região, de modo que, quando tivermos escala, possamos agregar valor a ela”, completa Caio Penido.

Abaixo, segue programação completa

 

Equipe SNA / RIO

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