A Safras & Mercado elevou a sua estimativa da safra brasileira de soja em 2017/18 para um recorde de 115.64 milhões de toneladas – aumento de 1,2% em relação ao registrado em 2016/17, em razão de produtividades melhores do que as esperadas em estados do Sudeste e Centro-Oeste.
Na previsão anterior, de dezembro, a consultoria estimou uma safra de 114.56 milhões de toneladas. A projeção da Safras figura como uma das mais otimistas do mercado e supera as 112.6 milhões de toneladas apuradas em uma recente pesquisa da Reuters.
Em nota divulgada nesta segunda-feira, o analista da Safras & Mercado Luiz Fernando Roque destacou que, “mesmo com alguns ajustes negativos nas áreas semeadas em alguns estados do Sul, Centro-Oeste e Sudeste, a produção esperada continua sendo recorde”.
A safra de soja 2017/18 do Brasil levantou preocupações na fase de plantio, devido a uma forte estiagem entre setembro e outubro. De lá para cá, contudo, as condições climáticas se regularizaram em praticamente todo o país.
Os aspectos para o desenvolvimento da safra foram muito positivos em Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e São Paulo, o que trouxe grande potencial produtivo para estes estados, afirmou a consultoria.
No Sul e no Mato Grosso, as condições foram satisfatórias e as produtividades devem ser de regulares a boas, assim como no Norte e no Nordeste. De forma geral, a safra país afora se desenvolve “muito bem”, salvo problemas pontuais como excesso de umidade em algumas áreas de Paraná e Mato Grosso, frisou a Safras & Mercado.
Milho
O recorde esperado para a soja não deve se verificar no milho em 2017/18, de acordo com a consultoria, que também ajustou suas estimativas para o cereal nesta segunda-feira.
Segundo a Safras & Mercado, o Brasil deverá colher nesta temporada 89.46 milhões de toneladas de milho, com queda de 17% em relação ao registrado em 2016/17 e também abaixo das 90.5 milhões de toneladas estimadas em dezembro. Um dos motivos para essa redução é a área plantada quase 12% menor neste ano, de 16.3 milhões de hectares.
Para o analista Paulo Molinari, além da diminuição da área, está havendo também uma redução de tecnologia adotada pelo produtor na safra de verão e na safrinha. Com isso, o levantamento projeta rendimento médio de 5,495 toneladas por hectare, contra 5,846 toneladas por hectare na safra anterior.
Segundo Molinari, a primeira safra na região centro-sul do país deverá recuar para 24 milhões de toneladas, de um total de 33.26 milhões de toneladas em 2016/17.
Já para a segunda safra, a consultoria estima uma área plantada de 10.8 milhões de hectares, contra 11.5 milhões de hectares no ano anterior. A safrinha, em fase inicial de semeadura, deve registrar produção de 59.5 milhões de toneladas, com queda de 11,65% em relação a temporada anterior.
Fonte: Reuters
