Safra de cana pode crescer para 612 milhões de toneladas e vai produzir mais açúcar

Com menos de um mês para a entrada da nova safra de cana no mercado, cuja colheita se arrastará até final de 2017 (fora a cana bisada que sobrar para o início do ano seguinte, como acontece costumeiramente), o etanol ganha fôlego (preços caíram 18% de 2016 a semana passada, na usina), mesmo diante de mais uma temporada mais açucareira que alcooleira.

E safra com volume maior de cana. As estimativas do setor sempre são muito elásticas antes das máquinas começarem a roçar a matéria-prima dos campos. Agora, por exemplo, há intervalos prognosticados de 590 a 610 milhões de toneladas a serem moídas, segundo algumas consultorias internacionais e fornecedores.

Na Datagro, referência no Brasil, há um montante estimado de 612 milhões no Centro-Sul, incorporando 7 milhões de toneladas da cana que ficaram em pé da safra 2016/17. Se bater na mosca, o mar de cana será 1% maior que no ciclo que ficou para trás. Para a consultoria dirigida por Plínio Nastari, o mix 2017/18 deve ficar em 47,4% da oferta de matéria-prima para açúcar. Com isso, a fabricação do alimento deve aumentar 3,3%, para 36.80 milhões de toneladas. Já a produção de etanol tende a cair 1%, para 25.31 bilhões de litros.

Do Nordeste, pode-se acrescentar em torno de 50 milhões de toneladas. E tem quebra esperada para Alagoas e Pernambuco.

Índia comprando

O cenário é considerado interessante para o Brasil. Tanto na ponta produtiva – fazendo figa para o clima ajudar – quanto na comercial. Recente encontro de traders e consultores nos Emirados Árabes trouxe a expectativa dessa gente de um bom desenho de possibilidades, a começar pelo upgrade nas exportações para a Índia.

Justamente Índia, maior competidor do Brasil no mercado internacional, mas que vira e mexe é obrigada a comprar aqui muita coisa para alimentar aquela superpopulação. A última temporada das chuvas de monções foi ruim e quebrou feio a safra.

 

Fonte: Notícias Agrícolas

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