Representantes do agro debatem gargalos e propostas para superar dificuldades

Grupo de Trabalho Econômico da CNA se reúne pela primeira vez em 2016 para discutir as dificuldades do setor agropecuário no Brasil. Foto: Divulgação CNA
Grupo de Trabalho Econômico da CNA se reúne pela primeira vez, em 2016, para discutir as dificuldades do setor agropecuário no Brasil. Foto: Divulgação CNA

O Grupo de Trabalho Econômico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) reuniu-se pela primeira vez em 2016, nesta terça-feira, 22 de março, na sede da entidade, em Brasília. No encontro, que contou com a participação presencial e por videoconferência de representantes da CNA e federações de agricultura e pecuária, foram discutidos temas que farão parte da agenda do colegiado neste ano, como tributação, insumos, infraestrutura e outros gargalos ao crescimento do setor agropecuário.

A ideia é levantar as demandas dos produtores rurais nos Estados e municípios com o objetivo de consolidar propostas que serão debatidas com o governo federal para solucionar alguns problemas que oneram o setor agropecuário. Um dos pontos abordados foi a tributação sobre o setor, por conta da decisão do governo de Goiás de taxar recentemente as exportações de soja no Estado. Mesmo com a suspensão do decreto que taxava a saída do grão, a preocupação é que outros Estados encontrem brechas jurídicas e adotem a mesma medida.

“Os Estados e os municípios estão em uma penúria financeira muito grande. Se passarem a fazer esta taxação será uma preocupação muito grande”, disse o vice-presidente diretor da CNA e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo (Faes), Júlio da Silva Rocha Júnior, que relatou que os embarques do café são taxados no estado. “Se a taxação vier para ficar, precisamos dar uma resposta”, completou o coordenador do Núcleo Econômico da CNA, Renato Conchon.

O grupo também abordou a questão dos insumos. Os participantes mostraram preocupação com a dependência de matérias-primas importadas para a fabricação de fertilizantes. Além da alta do preço do produto, que é um dos componentes que mais pesa sobre o custo de produção, os produtores de determinadas regiões têm outro agravante: a logística para levar o insumo até as propriedades que ficam em regiões mais isoladas. Dependendo da localidade, por exemplo, o custo da cabotagem (navegação entre portos do mesmo território) é mais alto do que importar de outro país.

 

CONJUNTURA

O economista Fernando Sampaio, da LCA Consultoria, fez uma palestra aos participantes sobre o cenário econômico brasileiro e mundial, pontuando questões como a crise política, dólar, petróleo e commodities agrícolas, assim como o impacto desta conjuntura para o setor agropecuário. Participaram da reunião as federações da Bahia (Faeb), Mato Grosso do Sul (Famasul), Pará (Faepa), Minas Gerais (Faemg), Acre (Faeac), Goiás (Faeg), Alagoas (Faeal), Paraná (Faep), Distrito Federal (Fape-DF) e Tocantins (Faet).

 

Fonte: CNA

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