Projeção do governo para o Valor Bruto da Produção do campo recua para R$ 536 bilhões

O Ministério da Agricultura reduziu sua estimativa para o Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária do país em 2017. Sobretudo em virtude de correções para baixo em cálculos para cana, soja e milho, derivadas da deterioração de preços, e para a carne bovina e de frango, que enfrentam conjuntura adversa no mercado doméstico, os técnicos do departamento de Crédito e Estudos Econômicos da pasta passaram a estimar o VBP em R$ 536 bilhões, R$ 7.3 bilhões a menos que o divulgado em junho, mas com o montante ainda recorde – 3,3% superior ao do ano passado.

(Clique na imagem para ampliá-la)

 

Segundo levantamento divulgado ontem, o VBP dos 21 produtos agrícolas que fazem parte da pesquisa foi redimensionado para R$ 367.6 bilhões em 2017, R$ 8.7 bilhões abaixo do estimado no mês passado, mas com resultado 9,8% maior que o de 2016. Independentemente das projeções mais baixas que as divulgadas em junho, o total agrícola continua puxado pela soja (R$ 115.6 bilhões, aumento de 1,9%), pela cana (R$ 73.7 bilhões, alta de 46,8%) e pelo milho (R$ 49.1 bilhões, alta de 20,7%).

Para o VBP dos cinco principais produtos da pecuária brasileira, a previsão do ministério recuou para R$ 168.4 bilhões, em relação aos R$ 170 bilhões estimados em março e os R$ 179.2 bilhões de 2016. No grupo, a liderança segue com os bovinos (R$ 66.6 bilhões, queda de 6,5% na comparação com a estimativa do ano passado), seguidos por frango (R$ 48 bilhões, baixa de 10,5% na mesma comparação) e leite (R$ 28 bilhões, aumento de 4,7%).

Na divisão do VBP por regiões do país, o Centro-Oeste, graças aos grãos, tende a liderar o VBP agrícola, com R$ 101.6 bilhões em 2017, 1,4% mais que no ano passado. Em seguida aparecem Sudeste (R$ 94.6 bilhões, queda de 1,1%) e Sul (R$ 85.6 bilhões, baixa de 5,6%). No ranking regional da pecuária, a liderança deverá ficar com o Sul (R$ 56.9 bilhões, retração de 6,1%), seguido pelo Sudeste (R$ 42.3 bilhões, queda de 5,4%).

 

Fonte: Valor Econômico

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp