Players ficam ausentes à espera de melhor diretriz para o algodão

O mercado brasileiro de algodão esteve “travado” na quinta-feira (18) em virtude de mais um caso de instabilidade política no país, o que refletiu em forte valorização do dólar frente ao real. Foi a maior valorização percentual em um dia desde 1999. “No ‘calor’ da situação, o dólar atingiu patamares acima dos R$ 3,40”, destaca o analista de Safras & Mercado, Cezar Marques da Rocha Neto. “Em face desta alta, e por causa da espera da melhor diretriz do mercado, muitos players optaram por estarem ausentes”, disse.

Teoricamente falando, o dólar mais alto favorece a exportação brasileira e desfavorece o mercado internacional, pois torna menos competitivo o produto. “Desta forma, é possível que haja maior tentativa de negócios, já que o dólar poderá permanecer mais alto para as próximas semanas”, pondera o analista. “A maior parte dos grandes compradores continua esperando pela entrada da nova safra, que, aliás, deverá estar com maior volume disponível no mês de junho”, lembra.

No mercado disponível, segue o ritmo de movimentos pontuais, para recomposição de estoque. No CIF de São Paulo, a pluma era indicada a R$ 2,73 por libra-peso no dia 18. Quando comparado ao mês anterior, apresentava valorização de 0,74%. Em relação ao ano anterior, a alta era de 2,25%.

Na próxima semana, a Agência Safras irá participar de coletiva de imprensa com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e a FMC, que será realizada no dia 24 de maio, quarta-feira, a partir das 16 horas, no Grand Hyatt Hotel, no Rio de Janeiro. A Abrapa será questionada sobre as demandas do setor e o cenário para o algodão no restante do ano, enquanto a FMC abordará a recente aquisição de parte significante da DuPont.

 

Fonte: Agência Safras

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp