PIB: Agropecuária teve resultado acima do esperado no segundo trimestre

Margarida Gutierrez, da Coppead/UFRJ, vê uma recuperação mais consistente da economia. Foto: divulgação Coppead

O Agronegócio apresentou desempenho acima do esperado pelo mercado na formação do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre do ano.  De acordo com dados divulgados pelo IBGE, na comparação com o segundo trimestre de 2016, a economia do País cresceu 0,3%, após 12 trimestres consecutivos com resultados negativos.

Dentre as atividades, a Agropecuária cresceu 14,9% em relação ao segundo trimestre de 2016. Este resultado, segundo o IBGE, pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos que possuem safra relevante no segundo trimestre e pela produtividade. Com exceção do café, que apresentou queda de 7% na estimativa de produção anual, as demais culturas apontaram crescimento e ainda ganho de produtividade: milho (56,1%), soja (19,7%) e arroz (16,3%).

“Os números mostram que estamos tendo uma recuperação mais consistente da economia, que não está sendo puxada apenas pelo agronegócio. Estamos vendo recuperação no setor de serviços e nas indústrias extrativa e de transformação. Isso é muito bom e devemos fechar o ano com 1% de alta no PIB”, comenta Margarida Gutierrez, economista e professora da Coppead/UFRJ.

Quando confrontados o segundo com o primeiro trimestre de 2017, o PIB cresceu 0,2%, enquanto o da agropecuária apresentou variação nula (0%) no período.

“Muitos abalistas estavam esperando um resultado negativo para a agropecuária, principalmente após o primeiro trimestre, que veio muito forte. Por conta disso, podemos dizer que, apesar de ter ficado estável, o setor surpreendeu positivamente”, avalia Margarida.

O setor também teve desempenho fundamental para a economia quando analisado o primeiro semestre de 2017, quando o PIB apresentou variação nula em relação a igual período de 2016, após queda de 2,7% no segundo semestre de 2016. Nesta base de comparação, a Agropecuária cresceu nada menos que 15%. Já a Indústria e os Serviços caíram, respectivamente, 1,6% e 1,0%.

Equipe SNA/Rio

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