Pesquisa aponta que produtores dos EUA estão mais criteriosos ao usar antibióticos para mastite

Mastite bovina é uma inflamação da glândula mamária das vacas leiteiras, provocando mudanças na composição bioquímica no tecido da glândula e, como consequência, do produto final: o leite. Foto: Divulgação

Uma pesquisa recente indica que produtores de leite dos Estados Unidos estão mudando seus protocolos ou práticas quando se trata de mastite. Mais de 60% dos entrevistados disseram ter mudado seus protocolos de tratamento de mastite nos últimos anos para serem mais cuidadosos com o uso de antibióticos. Então, o que está direcionando essa mudança?

“Os produtores de leite estão mais atentos se devem tratar a vaca ou não”, disse Linda Tikofsky, Diretora Associada Sênior de Serviços Profissionais de Lácteos, da Boehringer Ingelheim. “Além disso, mais discussões estão ocorrendo, assim como, pesquisas e educação com relação à mastite. Os estudos particularmente estão centrados em torno de quais infecções precisam de tratamento com antibiótico e quais podem se curar por conta própria.”

Tikofsky também pontuou que os produtores estão se afastando dos tratamentos gerais e realmente refletindo sobre os patógenos.

Uma das pesquisas enviou aos produtores 20 perguntas de múltipla escolha. Quase 40% dos participantes têm um tamanho de rebanho de 501-1000 vacas. Trinta por cento dos entrevistados têm um tamanho de rebanho de 251-500.

As principais conclusões do estudo foram as seguintes:

* A cultura do leite ajuda os produtores a usar menos antibióticos: 36% dos entrevistados estão cultivando amostras individuais de leite para ajudar a determinar o patógeno da mastite que estão combatendo. Ser mais criterioso com os antibióticos foi o motivo número um pelo qual os produtores estão implementando a cultura, seja na fazenda ou através da sua clínica veterinária.

O tempo necessário para receber os resultados e os inconvenientes foram os principais motivos pelos quais alguns entrevistados optaram por não cultivar regularmente amostras de leite para a mastite.

* Os produtores ainda recorrem aos tratamentos de terapia prolongada: quase 60% das vacas dos entrevistados tipicamente passaram de seis a oito dias no curral hospital, incluindo os tempos de retenção do leite.

“Como veterinários, é importante para nós conversar com os produtores sobre os benefícios dos tratamentos de mastite de curta duração”, disse Tikofsky. “O tratamento de curta duração é uma escolha efetiva e econômica para a mastite. Isso significa voltar a ordenhar a vaca e recuperar o leite no tanque mais rápido do que se usar uma terapia prolongada”, acrescenta.

* Os produtores estão discutindo antibióticos e protocolos de mastite com o seu veterinário: quase 35% dos entrevistados conversam com seu veterinário uma vez por mês sobre o uso de antibióticos e o tratamento veterinário. No entanto, os protocolos de vacinação, seguidos de verificações de prenhez, deslocamento de abomaso e outras cirurgias, são as principais atividades que os veterinários entrevistados participam durante as visitas.

“Toda propriedade deve trabalhar com o seu médico veterinário para que este último ajude os produtores a encontrar o tratamento ideal para a mastite. Isso contribui para que o produtor tome uma decisão de tratamento educada, podendo colocar protocolos efetivos em vigor”, completou Tikofsky.

 

ENTENDA A DOENÇA

A mastite bovina é uma inflamação da glândula mamária que causa alterações na composição bioquímica no tecido da glândula e, como consequência, do leite. É uma das doenças mais comuns das vacas leiteiras, devendo ser tratada o mais rápido possível, para evitar mal estar dos animais e prejuízos ao pecuarista.

É importante saber que a mastite impacta diretamente na qualidade e na quantidade de leite produzido. Por isso, se não for tratada a tempo, ela tende a virar uma doença crônica, podendo  obrigar o produtor a sacrificar o animal.

Fonte: Informações são da Boehringer Ingelheim, publicadas no Dairy Herd Management e traduzidas por MilkPoint, com edição d’A Lavoura (“Entenda a doença”)

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