‘Países ricos precisam investir na Floresta Amazônica’, afirma diretor da SNA

“Por ser um Patrimônio da Humanidade, nada mais justo, portanto, que as nações ricas contribuam para a preservação e a sustentabilidade da utilização da Amazônia pelos países que abrigam essa grande área em suas fronteiras e que são, em sua totalidade, nações em desenvolvimento com imensos problemas econômicos e sociais”, explica o diretor da SNA Ronaldo de Albuquerque. Foto: Arquivo SNA
“Por ser um Patrimônio da Humanidade, nada mais justo, portanto, que as nações ricas contribuam para a preservação e a sustentabilidade da utilização da Amazônia pelos países que abrigam essa grande área em suas fronteiras e que são, em sua totalidade, nações em desenvolvimento com imensos problemas econômicos e sociais”, explica o diretor da SNA Ronaldo de Albuquerque. Foto: Arquivo SNA

As florestas tropicais são consideradas verdadeiros ‘acervos’ da humanidade, pois abrigam um grande número de espécies da fauna e da flora – muitas delas, infelizmente, em processo de extinção. Com os movimentos de defesa do meio ambiente, a Amazônia passou a ser conhecida não apenas pela grandiosidade de seus rios e a exuberância de suas florestas, mas, principalmente pelas notícias referentes a grandes desmatamentos, queimadas, genocídio de populações indígenas, entre outros incidentes.

Diante destes fatos, exagerados ou não, a preservação deste ecossistema tornou-se uma demanda cada vez mais urgente. E uma das saídas para o problema são os investimentos externos, defende o diretor da Sociedade Nacional de Agricultura Ronaldo de Albuquerque.

“Por ser um Patrimônio da Humanidade, nada mais justo, portanto, que as nações ricas contribuam para a preservação e a sustentabilidade da utilização da Amazônia pelos países que abrigam essa grande área em suas fronteiras e que são, em sua totalidade, nações em desenvolvimento com imensos problemas econômicos e sociais”, explica o diretor da SNA.

“Se isso não for feito, estas nações dificilmente terão meios materiais e humanos para gerir adequadamente a gigantesca riqueza biológica de que são legítimos guardiões”, complementa, chamando atenção para que esse investimento, por meio de recursos financeiros, não tenha “caráter comercial e exploratório, como ocorre algumas vezes”.

 

EFEITO BENÉFICO

Albuquerque acredita que as notícias divulgadas de catástrofes referentes à Amazônia “são sem dúvida, imprecisas e exageradas, mas, por outro lado, tiveram o mérito de despertar a atenção para os problemas relacionados à ecologia da região e à conservação e utilização racional de seus recursos naturais renováveis”.

 

EXTENSÃO

Cerca de 60% (3,3 milhões de km²) da Floresta Amazônica se localiza no Brasil, e o restante se distribui pela Bolívia, Colômbia, Suriname, Guiana, Guiana Francesa, Venezuela e Peru. A Amazônia Legal, decorrente da Lei 1806, de 1953, abrange os estados da Região Norte (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) , mais o Estado do Mato Grosso e uma porção do Estado do Maranhão a oeste do meridiano de 44º W Grau, ou seja, uma superfície, em números redondos, de 5 milhões de km². Sendo assim, a Amazônia é uma região de dimensões continentais, e sua área equivale a cerca de metade da Europa, sendo maior do que a da Índia, com 3,28 milhões de quilômetros quadrados.

 

DADOS CONFLITANTES

O diretor da SNA assinala ainda que, devido aos diversos critérios adotados para conceituar as florestas tropicais remanescentes no planeta, os dados relacionados a sua extensão são conflitantes.

“Se considerarmos que elas são representadas apenas por suas formações densas, as avaliações mais confiáveis indicam uma área de aproximadamente 12,5 milhões de quilômetros quadrados, sendo 5,5 milhões de km² de florestas, sobrepondo-se a 7 milhões de km² de bacia hidrográfica, ou seja, cerca da metade do que se presume ter existido há apenas dois séculos. Dessa extensão, cabe ao Brasil algo como 3,3 milhões de km², na sua quase totalidade referente à Floresta Amazônica.”

 

CONSCIÊNCIA

Albuquerque observa que, pelo fato de as florestas tropicais possuírem uma enorme e compacta concentração de diversidade biológica, “é inevitável que sua destruição venha eliminar, de forma rápida e catastrófica, uma parcela muito expressiva da riqueza biológica do mundo”. Para ele, as florestas são um “repositório imenso de substâncias químicas e de outros recursos biológicos, ainda pouco conhecidos, capazes de trazer, no futuro, imprevisíveis benefícios para a humanidade”.

De acordo com o diretor da SNA, “é preciso que o ser humano tenha consciência de que o único procedimento sensato será desenvolver normas de convivência harmoniosa com as nossas florestas tropicais, usando com parcimônia e sempre em consonância com os princípios de uma sadia conservação”.

“Elas não são, apenas, áreas selváticas a serem desbravadas em prol de um desenvolvimento fugaz e ilusório, mas um precioso, frágil e insubstituível patrimônio natural.”

 

Por equipe SNA/RJ

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