Presidente reeleito da OCB/RJ defende fortalecimento da comunicação cooperativista

Presidente reeleito da OCB/RJ, Marcos Diaz diz que trabalhará para fortalecer a cultura cooperativista

 

O cooperativismo é um sistema capaz de agir como a célula do conhecimento, lançando um olhar sobre os processos produtivos em que pesem os ideais de mútua ajuda, difusão da informação e disciplinaridade para a regulação econômica. A análise é de Marcos Diaz, presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Rio de Janeiro (OCB/RJ), recém-reeleito para o cargo. Seu primeiro mandato foi de 2011 a 2014 e o novo segue até 2018. A entidade compõe o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Estado do Rio de Janeiro (OCB/Sescoop/RJ).

Dados da OCB apontam que, somente no Rio, são 2.032 cooperativas, sendo 80 no ramo agropecuário. Por isso, na opinião de Marcos Diaz, o cooperativismo é importante para o desenvolvimento da agricultura e da pecuária brasileira.

“Em relação ao agronegócio, entendo que não é apenas um dever estratégico governamental, mas, sobretudo, um plano de negócios a ser estabelecido com entidades civis e empresas. Tudo deve estar sob o olhar permanente daqueles envolvidos diretamente com os processos produtivos, quer como empregados, empresas agropecuárias, dentre elas as cooperativas, os microempreendedores e produtores em geral.”

De acordo com o novo presidente, é neste ponto que a OCB atua: como entidade reguladora do cooperativismo, seja no contexto estadual ou no plano nacional.

“Por meio da nossa representação, podemos lançar uma discussão sobre os grandes temas, não necessariamente os de maior importância econômica, mas de forma difusa sobre os processos produtivos, como maneira de fixar as famílias junto ao contexto rurícola.”

Segundo ele, com o cooperativismo é possível ter uma nova visão conceitual, “capaz de atender aos princípios da governança, quando devemos e podemos cada vez mais produzir mais com menor custo, isto como forma de permitir que a sociedade em geral atinja o direito básico, que é o alimento seguro e com preço justo”.

 

COMUNICAÇÃO

Como ponto principal de sua gestão à frente da OCB/RJ, Marcos Diaz pretende fortalecer a imagem, a cultura e a comunicação cooperativista no Estado e no Brasil. “Necessitamos também promover a segurança jurídica e regulatória das nossas cooperativas e da intercooperação”, ressalta.

Ele pretende ainda investir na profissionalização da gestão da entidade, colaborar para a governança das cooperativas e para a qualificação dos empregados. “Somente assim conseguiremos aumentar a representatividade do cooperativismo. Trabalhamos para ajustar estas questões, proporcionando amplo conhecimento às cooperativas das ações executadas pelo Sistema OCB/Sescoop/RJ, com a promoção de cursos, palestras e parcerias com órgãos públicos.”

Para tanto, é preciso se aproximar mais da realidade das cooperativas existentes e daquelas que pretendem se formar. “Acreditamos na profissionalização da gestão. Destaco também maior aproximação com a base cooperativista, o que nos remete a conhecer a real necessidade da situação dos cooperados. Trabalhamos de forma ampla em todos os segmentos, por meio de treinamentos e projetos de divulgação do cooperativismo para a sociedade, o que resultará em novos negócios para as cooperativas. Objetivamos a sustentabilidade econômica e social do cooperativismo em todo o território fluminense.”

 

ZONAS RURAIS

As cooperativas agropecuárias, na visão de Marcos Diaz, têm um papel importante na melhoria da distribuição de renda na zona rural, porque elas podem promover a agregação de valor aos produtos agrícolas e aumentar o poder de barganha do produtor rural em mercados relativamente imperfeitos.

“Tal situação se explica pelo fato de que a agricultura, como setor primário da economia, por um lado, caracteriza-se pela interação com mercados fortemente monopolizados, como é o caso dos insumos, do processamento das matérias-primas e da distribuição dos produtos acabados até chegar ao mercado consumidor”, aponta o presidente da OCB/RJ.

“Por outro lado, os agricultores participam de um mercado cuja estrutura é bastante competitiva, colocando-os como meros tomadores de preços, tanto no momento da compra de insumos, como na venda de seus produtos”, completa.

Ele avalia, diante disto, que o cooperativismo é importante aliado no desenvolvimento socioeconômico nas zonas urbana e rural, inclusive no que diz respeito à individualidade de quem está envolvido.

“O processo dá ao cooperado a oportunidade de adquirir certo grau de independência financeira, até no sentido social, porque alcança toda a comunidade que está ligada direta e/ou indiretamente com a instituição, contribuindo assim para a redução da pobreza, com a geração de empregos e integração social.”

 

Por equipe SNA/RJ

 

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