Novas tecnologias e melhor poder aquisitivo impulsionam floricultura nacional

Floricultura nacional movimenta R$ 4,2 bilhões ao ano, com crescimento de 12% a 15% no mesmo período, conforme dados da Associação Brasileira do Agronegócio de Flor e Plantas. Foto: Divulgação
Floricultura nacional movimenta R$ 4,2 bilhões ao ano, com crescimento de 12% a 15% no mesmo período, conforme dados da Associação Brasileira do Agronegócio de Flor e Plantas. Foto: Divulgação

A floricultura, de modo geral, envolve o cultivo de plantas ornamentais, abrangendo flores de corte e plantas envasadas, florífera ou não, produção de sementes, bulbos e mudas de árvores até de grande porte. No Brasil, este mercado, que também integra o setor agrícola nacional, tem se apresentado promissor ao movimentar R$ 4,2 bilhões ao ano, com ascensão de 12% a 15% no mesmo período, conforme dados da Associação Brasileira do Agronegócio de Flor e Plantas.

“Este setor supera, e muito, o crescimento da economia nacional. E ele foi sentido em razão do aumento do poder aquisitivo da população e do desenvolvimento produtivo com adoção de novas tecnologias pelos produtores rurais, que somam mais de sete mil em todo o Brasil, distribuídos em 735 municípios, perfazendo mais de 11 mil hectares plantados com flores e plantas”, informa João Carlos Scopel, presidente da Mercoflora, evento que será realizado entre os dias 14 e 16 de julho, em Chapecó (SC).

Organizado pela Associação Comercial e Industrial do mesmo município (ACIC) e pelo Conselho das Entidades Empresariais (CEC), o encontro reunirá todos os elementos do mundo vegetal, com atuação em quatro áreas básicas: silvicultura, fruticultura, floricultura e olericultura.

“Embora esteja presente no cotidiano do brasileiro, desde o final do século passado, a floricultura nacional, até meados da década de 50, era pouco expressiva tanto econômica quanto tecnologicamente, caracterizando-se como uma atividade paralela a outros setores agrícolas”, lembra Scopel.

 

Presidente do 1º Mercoflora, João Scopel destaca que o crescimento da floricultura no Brasil se deve ao aumento do poder aquisitivo da população e ao emprego de novas tecnologias no campo. Foto: Divulgação
Presidente do 1º Mercoflora, João Scopel destaca que o crescimento da floricultura no Brasil se deve ao aumento do poder aquisitivo da população e ao emprego de novas tecnologias no campo. Foto: Divulgação

HISTÓRICO

Ele destaca que os principais cultivos de flores e plantas ficavam próximos às capitais do Sudeste e Sul do País, sem muita expressão no contexto da agricultura nacional. “O pioneirismo da iniciativa coube à colônia portuguesa. A princípio, a produção era pequena e visava abastecer ao mercado em épocas definidas de intensa demanda, como Dia das Mães, Dias dos Namorados, Finados e Natal.”

Com a ocorrência dos fluxos migratórios, assentamentos e diversificação das atividades dos imigrantes, relata Scopel, a floricultura passou a apresentar os primeiros sinais de organização e crescimento. “Papel preponderante tiveram os italianos, alemães e principalmente os japoneses. Com a fundação, por imigrantes holandeses, da Cooperativa Agropecuária Holambra, em São Paulo, observou-se um novo e decisivo impulso.”

 

PLANTAS MEDICINAIS

Analisando a influência do cultivo de plantas no País, setor que também integra a floricultura brasileira, Scopel destaca a importância de plantas medicinais e fitoterápicas.

“No Brasil, após a implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), ainda na década de 1980 – criado para garantir o acesso universal, integral e igualitário aos serviços públicos de saúde –, no ano de 2006 foi institucionalizado a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, com intuito de nortear a ‘melhoria da atenção à saúde, uso sustentável da biodiversidade brasileira, fortalecimento da agricultura familiar, geração de emprego e renda, desenvolvimento industrial e tecnológico e perspectiva de inclusão social e regional e a participação popular e do controle social sobre todas as ações decorrentes dessa iniciativa’.”

De acordo com Scopel, desde 2002, até mesmo a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem afirmando que a medicina tradicional responde por 80% dos cuidados básicos de saúde, incluindo aí as terapias à base de ervas e vegetais.

“Outra informação é o aumento do tratamento por meio de terapias integrativas e complementares, pela fitoterapia entre os usuários do SUS, pelos profissionais da saúde e pesquisadores. O uso das plantas medicinais e fitoterápicas faz com que a agricultura familiar tenha mais um modo de produção, por serem predominantes às pequenas propriedades rurais.”

Para ele, esta “alternativa possibilita ser mais uma diversidade produtiva, que a viabiliza ao incremento da renda das famílias e, consequentemente, ao incremento industrial do ramo fitoterápico”.

 

CURSOS DA SNA

Para quem desejar aprender ou aprimorar conhecimentos no setor de floricultura, a Sociedade Nacional de Agricultura oferece cursos de extensão livre, ministrados na Escola Wencesláo Bello, no bairro da Penha, Rio de Janeiro. São eles: Cultivo de Plantas Medicinais, Identificação de Plantas Medicinais, Jardinagem I, Jardinagem II,  Jardinagem Prática, Manejo de Flores Tropicais, Minhocultura, Paisagismo I, Paisagismo II, – Paisagismo Prático, Quintais Funcionais, Viveiros I e Viveiros II.

Para mais informações, acesse https://sna.agr.br/extensao.

 

Por equipe SNA/RJ

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