Mapa volta a reduzir estimativa do Valor Bruto da Produção agropecuária para 2017

O Ministério da Agricultura voltou a reduzir sua estimativa para o valor bruto da produção (VBP) agropecuária do País em 2017. Segundo levantamento divulgado há pouco pelo departamento de Crédito e Estudos Econômicos da pasta, o montante deverá somar R$ 535.4 bilhões, cerca de R$ 600 milhões a menos que a estimativa de julho, mas montante ainda recorde, 4,5% superior ao do ano passado (R$ 512.5 bilhões).

O VBP dos 21 produtos agrícolas que fazem parte da pesquisa foi elevado para R$ 367.9 bilhões em 2017, R$ 300 milhões acima do estimado no mês passado e resultado 10,2% maior que o de 2016. O total agrícola segue puxado pela soja – projeção de R$ 115.6 bilhões para este ano, com aumento pouco superior a 2%. Para o VBP dos cinco principais produtos da pecuária brasileira, contudo, a previsão do ministério caiu para R$ 167.5 bilhões, contra  os R$ 168.4 bilhões estimados em julho. Se confirmado, o montante será 6,3% menor que o do ano passado.

“Enquanto no ano passado os preços agrícolas foram decisivos na formação do valor da produção, neste ano o fator mais importante na composição do valor é a produtividade”, indica o comunicado divulgado pelo ministério. “Isso acontece em função da safra recorde de grãos”, disse José Garcia Gasques, coordenador-geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do ministério, no comunicado.

Segundo a pasta, os maiores incrementos reais no VBP este ano deverão ser apresentados pelo algodão (75,6%), cana (46,4%), laranja (25,2%), milho (19,3%) e soja (2,3%). Gasques disse que milho, soja e cana têm sustentado o avanço do VBP do setor como um todo. “Na pecuária, suínos e leite, que têm se beneficiado de aumento de preços ao produtor, são os principais destaques. Mas carne bovina, de frango e ovos têm tido retração de preços, o que resulta em menor faturamento dessas atividades”, disse o comunicado do ministério.

Ainda segundo a equipe de Gasques, “há um grupo de produtos das lavouras que vêm apresentando desempenho menos favorável na comparação com o ano passado. Isso se deve a menores níveis de produção ou de preços. Mas neste ano, para a maior parte do grupo, como banana, batata-inglesa, cacau, cebola, feijão e maçã, a principal razão da retração são preços menores na comparação com 2016. Em alguns, como café e trigo, há uma combinação de preços mais baixos e quantidades também menores”.

A pasta destaca, finalmente, que o Sul do país tende a reassumir a liderança do VBP por região, com R$ 141.3 bilhões, seguido pelo Centro-Oeste (R$ 138.6 bilhões), Sudeste (R$ 137.5 bilhões), Nordeste (R$ 50.1 bilhões) e Norte (R$ 32.5 bilhões). “Os Estados de São Paulo, Mato Grosso, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás e Bahia, representam conjuntamente 70,5% do VBP neste ano”, conclui o comunicado do ministério.

 

Fonte: Valor Econômico

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