Ministério da Agricultura estuda mudanças para dar maior segurança sobre qualidade de produtos

Em Campo Grande (MS), para participar do lançamento da versão estadual do programa Agro+, o Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, adiantou que há mudanças em curso que trarão maior tranquilidade para consumidores internos e externos em relação ao controle de qualidade de produtos do agronegócio.

“Estamos conversando com servidores, com a população e com todos os interessados”, disse Maggi na quinta-feira (21/9), de acordo com nota publicada no dia seguinte no site do Ministério da Agricultura. Segundo o ministro, será importante dar segurança ao mercado internacional de que decisões que envolvam controle de qualidade não sofram interferência política. “A discussão passa por aquilo de que o ministério não pode abrir mão.”

Maggi disse ainda que poderá ser criado um comitê com representatividade ampla que funcione para deliberar sobre eventuais questionamentos. “Estamos criando estruturas para dar agilidade, tranquilidade e garantir aos consumidores que tudo o que chega à sua mesa passa pelo ministério, seja cerveja, cachaça, vinho, carne suína, bovina.”

Maggi lembrou que o primeiro desafio de sua gestão, iniciada em maio do ano passado, foi retirar amarras que emperravam o setor. E por isso, logo em seguida, em agosto, lançou o Agro+, programa de modernização e de desburocratização. Para mudar mais de 700 procedimentos por meio do programa, ouviu todos os segmentos da atividade do agronegócio.

“Nós fizemos a nossa parte dentro do governo federal, mas os estados também têm legislação própria. E nossa sugestão sempre foi de que chamassem também agricultores, pecuaristas, associações, entidades, políticos. Todo mundo senta à mesa e coloca sua preocupação, o que acha que está atrapalhando em Mato Grosso do Sul ou o que não ajuda a atividade. Ali há uma negociação e, quem sabe, se pode fazer uma mudança”, disse o ministro. Ele advertiu que a ideia é desburocratizar, sem abrir mão de garantir que os alimentos sejam bem cuidados no Brasil.

Novo frigorífico de carne de jacaré

Antes de viajar a Campo Grande, Maggi participou da inauguração de um frigorífico de jacarés em Corumbá, também no estado. Segunda nota do Ministério da Agricultura, trata-se do maior frigorífico de jacarés de cativeiro do Brasil e do mundo. Com investimento de R$ 35 milhões, o Caimasul tem capacidade para abater 600 animais por dia, mas processará 400 na primeira fase.

O frigorífico Caimasul conta com processo completo da cadeia produtiva de jacarés de cativeiro, que vai da cria, recria, engorda ao abate com certificação do Serviço de Inspeção Federal (SIF), passando pela transformação em produto (carne e couro tratado em curtume) e venda. O empreendimento emprega 70 trabalhadores e a previsão é que chegue a 150, quando estiver operando plenamente.

 

Fonte: CarneTec

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