Mercado de inseminação deve crescer 10% em 2014 com demanda forte do leite

'A perspectiva do setor é boa, com demanda forte no leite', diz Lino Rodrigues, presidente da Asbia
‘A perspectiva do setor é boa, com demanda forte no leite’, diz Lino Rodrigues, presidente da Asbia

 

Segundo a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), a venda de sêmen das empresas associadas à entidade cresceu 5,54% em 2013 (ante 12,3 milhões de doses comercializadas no ano anterior), alcançando 13 milhões de doses, sendo 6.69 milhões (50,62%) de genética nacional e 6.43 milhões (49,38%) de sêmen importado. A Asbia projeta o mercado total em de 14,3 milhões de doses.

O destaque do ano passado foi a pecuária leiteira, que evoluiu 9,59%, com a venda de 5.36 milhões de doses. No corte, a expansão foi de 2,87%, com o total de 7.65 milhões. Com o resultado, a participação do mercado de corte foi de 58,79% e, de leite, 41,21%.

A Asbia credita o crescimento moderado a ajustes do setor.

“Até 2011, o mercado de sêmen cresceu acima dos dois dígitos. Os criadores estão zerando os estoques antes de realizar novas compras de sêmen”, afirma Lino Rodrigues, presidente da associação.

No entanto, ele prevê reação do mercado e estima crescimento na faixa de 10% para 2014.

“A perspectiva do setor é boa, com demanda forte no leite. Além disso, o preço da arroba do boi vai subir e vai impulsionar os investimentos em inseminação artificial”, justifica Rodrigues.

Desempenho das raças

No corte, o melhor resultado foi da raça Angus, que evoluiu 24,50% e passou a liderar o mercado, com participação de 43,17%, superando a raça Nelore, que ficou com a segunda posição do ranking, com 38,16%. No total, foram comercializadas 3,36 milhões de doses da raça Angus (Aberdeen e Red), evolução de 14,5% sobre o ano anterior.

Na pecuária de leite, as raças europeias continuam na liderança do ranking.  Em 2013, o mercado absorveu 3,12 milhões de doses de sêmen do gado Holandês, aumento de  8,61% em relação ao ano anterior. O Jersey ficou na segunda posição, com 898,9 mil doses (21%) e o Gir Leiteiro em terceiro, com 683,9 mil doses (1,15%).

Na opinião de Tiago Carrara, gerente de mercado da Alta Genetics, a alta demanda por cruzamento industrial e a forte estratégia de marketing realizada pela  associação Brasileira de Angus impulsionaram os resultados da raça. Sergio Saud, diretor executivo da CRI Genética, também destaca o trabalho de marketing da Associação do Angus. “O consumidor mudou e está buscando carne de melhor qualidade”, diz.


Por Equipe SNA/SP

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