Balanço do mercado brasileiro de soja e milho

Soja

No Brasil, graças a um dólar que melhorou um pouco, e que foi cotado a R$ 3,17 durante boa parte da semana, os preços da soja não recuaram muito, apesar da nova queda em Chicago. Assim, o balcão gaúcho fechou a quinta-feira na média de R$ 60,27/saca, enquanto os lotes ficaram entre R$ 64,50 e R$ 65,50/saca.

Nas demais praças nacionais, os lotes oscilaram entre R$ 53,00/saca em Sorriso (MT) e R$ 69,00/saca em Campos Novos (SC), passando por R$ 63,00 em Pato Branco (PR), R$ 57,00 em Pedro Afonso (TO) e R$ 59,00/saca em Uruçuí (PI).

Neste momento, é importante ressaltar que as exportações brasileiras de soja caminham bem. Esperam-se vendas ao redor de 6.6 milhões de toneladas em agosto, o que seria 211% acima do exportado em igual mês do ano passado, conforme a AgResource.

Milho

No Brasil, há poucas mudanças no cenário de preços. A pressão da safrinha continua intensa e fica difícil vislumbrar melhorias de preço sem uma substancial e duradoura recuperação das exportações.

O balcão gaúcho fechou a quinta-feira (17/8) a R$ 22,35/saca, enquanto os lotes oscilaram entre R$ 27,50 e R$ 28,50/saca. Nas demais praças os lotes ficaram entre R$ 12,00/saca em Sorriso (MT) e R$ 28,00/saca em Videira e Concórdia (SC).

Neste momento há poucas vendas em SP, fato que oferece alguma sustentação no mercado paulista, assim como aos preços CIF. Por sua vez, os valores nos portos continuam pouco convidativos, apesar de melhorias pontuais, para que as exportações nacionais deslanchem. E esta é uma preocupação do mercado, pois sem vendas externas dificilmente haverá melhoria nos preços internos.

Dito isso, é importante destacar que as vendas externas de milho, nas duas primeiras semanas de agosto, atingiram a 1.77 milhão de toneladas, contra 846 mil toneladas em igual período do ano anterior. Ou seja, melhoram, porém, ainda longe do necessário.

O pouco que os preços aumentaram nestes últimos dias se deveu a problemas de logística, especialmente de armazenagem, e a uma retração nas vendas por parte dos produtores, especialmente os paulistas.

Neste sentido, existe uma grande preocupação em relação ao que ocorrerá neste mercado após o mês de setembro, quando a safrinha recorde estiver colhida. Enfim, até o dia 11/8 a colheita da safrinha chegava a 81% da área, contra 90% em igual momento do ano passado.

 

Fonte: Ceema/Unijui

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