Indicadores Cepea: milho, soja e mandioca

Milho: com o avanço da colheita, preço voltam a cair

Após duas semanas de relativa estabilidade, os preços do milho voltaram a cair na maioria das regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A melhora climática favoreceu o avanço da colheita, o que aumentou a oferta do cereal e levou compradores domésticos a reduzir o valor de suas ofertas.

Os recuos mais intensos foram observados no Paraná e em Mato Grosso do Sul. Em Sorriso (MT), no entanto, leilões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) têm sustentado as cotações. Na região de Campinas (SP), as baixas foram limitadas pela resistência de vendedores e pela necessidade de alguns compradores de abastecer seus estoques. Entre 16 e 23 de junho, o Indicador Esalq/BM&FBovespa recuou 1,1%, fechando a R$ 26,82/saca de 60 quilos na sexta-feira (23).

 

Soja: preço do óleo sobe no Brasil, enquanto grão e farelo estão em queda

Os preços do óleo de soja estão em alta no Brasil, atingindo os maiores patamares desde fevereiro deste ano, em termos nominais. O aumento dos valores está atrelado à firme demanda doméstica, principalmente do setor de biodiesel, e ao crescimento das exportações.

Na contramão deste movimento, as cotações da soja em grão e do farelo vêm se enfraquecendo, refletindo a redução dos embarques brasileiros e expectativas de estoques elevados no fim da temporada 2016/17, o que tem deixado compradores cautelosos nas negociações. Além disso, a maior oferta na Argentina e expectativas de safra volumosa na temporada 2017/18 dos Estados Unidos também têm pressionado os valores no Brasil.

O Indicador Cepea/Esalq Paraná caiu 1,44% entre 16 e 23 de junho, fechando a R$ 63,18/saca de 60 kg na sexta-feira (23). O Indicador da Soja Esalq/BM&FBovespa Paranaguá cedeu 1,57% no período, a R$ 68,44/saca de 60 kg no dia 23.

 

Mandioca: oferta aumenta, mas demanda elevada impulsiona cotações

Melhores condições climáticas na última semana permitiram a retomada da colheita de mandioca em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, resultando em aumento da oferta. No entanto, a demanda por parte da indústria aumentou com mais força, resultando em maior disputa pelo produto e impulsionando os valores.

Apesar de mais elevada, a disponibilidade de raízes continua baixa, já que produtores estão voltados às atividades de plantio, e parte dos mandiocultores diminuiu o ritmo de entregas. Entre 19 e 23 de junho, o preço médio nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia ficou em R$ 474,54 (R$ 0,8253 por grama de amido), com alta de 0,9% frente à média da semana anterior.

 

Fonte: Cepea/Esalq

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