Indicadores Cepea: açúcar, trigo, leite, etanol, melão e cenoura

Açúcar: indicador recua fortes 5,6% em uma semana

As cotações do açúcar cristal continuam em queda no mercado paulista, segundo dados do Cepea. Em apenas uma semana (de 8 a 15 de janeiro), o Indicador de Açúcar Cristal Cepea/Esalq (Icumsa de 130 até 180) registrou queda de 5,6%, fechando a R$ 61,79/saca de 50 kg, no acumulado parcial de janeiro (até o dia 15 de janeiro), o recuo é de 7,7%.

De modo geral, pesquisadores do Cepea informam que a liquidez melhorou nos últimos dias, o que pode indicar um retorno de compradores ao mercado.

Os preços mais baixos ofertados por usinas levaram consumidores a adquirirem volumes mais expressivos. Quanto às exportações de açúcar, segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior), o total foi de 1.905 milhão de toneladas em dezembro/17, volume 13,55% inferior ao de novembro/17 (2.204 milhões de toneladas) e 26,68% abaixo do de dezembro/16 (2.598 milhões de toneladas).

No total de 2017, o Brasil embarcou 28.703 milhões de toneladas, 0,79% menor em relação ao recorde de 2016 (de 28.933 milhões de toneladas).

 

Trigo: preços dos derivados sobem em tentativa de repasse dos custos

Segundo pesquisadores do Cepea, agentes de moinhos têm tentado repassar os maiores custos do grão para os derivados no mercado brasileiro, devido aos aumentos nos valores internos do trigo no ano passado e à recente sustentação das cotações internacionais.

Por enquanto, os ajustes de preços ainda têm sido pontuais, mas esse cenário pode se intensificar devido à possível demanda mais elevada com a volta às aulas.

Segundo informações da Conab divulgadas na quinta-feira, 11 de janeiro, a área de trigo colhida em 2017 foi de 1.916 milhão de hectares, 9,6% menor que a da temporada anterior e a produtividade, em 2.225 kg/ha, 29,9% abaixo da de 2016. Com isso, a produção passou a ser prevista em 4.26 milhões de toneladas, 36,6% inferior à do ano anterior.

 

Leite: preços do UHT e da muçarela têm pequeno aumento

Os valores do leite UHT e do queijo muçarela registraram ligeira alta no mercado atacadista de São Paulo, segundo pesquisas do Cepea.

Entre 8 e 12 de janeiro, a cotação do UHT subiu 0,79% em relação à semana anterior, com média de R$ 1,85/litro. Colaboradores do Cepea afirmam que as indústrias têm buscado estratégias para elevar os preços, com o objetivo de aquecer o mercado.

Na mesma comparação, o queijo muçarela se valorizou apenas 0,33%, com preço médio de R$ 14,36/kg. Apesar disso, conforme agentes, a expectativa para a próxima semana é de estabilidade, devido à oferta elevada do produto.

 

Etanol: demanda por hidratado segue aquecida e preço, em alta

A procura das distribuidoras por etanol hidratado continua aquecida, segundo pesquisas do Cepea. Grandes volumes foram negociados em toda a região Centro-Sul, especialmente em São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Nesse cenário, o preço do hidratado seguiu em alta na semana passada.

O Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado foi de R$ 1,8515/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins) entre 8 e 12 de janeiro, aumento de 1,94% em relação ao da semana anterior. Quanto ao etanol anidro, também na última semana, o Indicador Cepea/Esalq foi de R$ 1,9476/litro (sem PIS/Cofins), elevação de 1,03%.

 

Melão: preço da caixa do Vale supera o do RN/CE

Com a crise hídrica no Vale do São Francisco (BA/PE) em 2017, maiores investimentos em tecnologia foram realizados por alguns produtores de melão da região, para tentar garantir a qualidade das frutas. No geral, um maior volume de sementes F1 foi utilizado na praça nordestina, segundo colaboradores do Hortifruti/Cepea.

Com isso, o melão baiano/pernambucano teve boa demanda, tanto por parte de compradores nacionais quanto de estrangeiros, produtores do Vale reportaram vendas (ainda restritas) a alguns países da América Latina, Europa e Ásia.

Assim, os melões do Vale tiveram maior preço frente aos do Rio Grande do Norte/Ceará em 2017. Entre abril e julho, o valor recebido pela caixa de 13 kg do melão amarelo no Vale foi 5% superior ao do RN/CE.

Esse cenário também resultou das chuvas na região naquele período, que limitaram a qualidade e pressionaram as cotações da fruta local. Contudo, a qualidade da fruta do Vale diminuiu no segundo semestre, refletindo o menor investimento nas lavouras, já que o retorno da safra principal foi reduzido.

Neste primeiro semestre de 2018, as cotações podem ser pressionadas se houver problemas com a qualidade, que pode ser prejudicada pelas chuvas previstas para o período.

Confira mais informações no site www.hfbrasil.org.br

 

Cenoura: safra de verão 2017/18 pode ter boa rentabilidade

A previsão para a área da safra de verão 2017/18 de cenoura é de uma redução de 2,2% em relação a anterior, considerando-se todas as regiões produtoras. O motivo foi, principalmente, a saída de produtores do Cerrado Mineiro, que haviam optado pelo plantio de cenoura como segunda cultura em 2016.

Os preços baixos da safra de verão anterior (2016/17) também desestimularam a manutenção dos investimentos na raiz. A região com redução mais expressiva é a de Irecê (BA), de 14,3%, contabilizando 600 hectares.

Além dos resultados insatisfatórios no ano passado, produtores saíram do setor também pela crise hídrica, que vem prejudicando a produção de cenoura, aumentando os custos. Nos demais estados (Minas Gerais, Goiás e Paraná), o clima preocupa produtores, especialmente quanto à disponibilidade de água no período de plantio e ao desenvolvimento das raízes.

A expectativa inicial é de boa produtividade devido às chuvas a partir de outubro, assim como ocorreu na última temporada. Durante boa parte daquele período, a produtividade foi satisfatória, com média de 50,8 toneladas por hectare na região de São Gotardo (MG).

Quanto à rentabilidade, a expectativa é de melhores resultados se comparados aos da safra de verão anterior (2016/17), com possibilidade de os valores cobrirem os custos de produção. Porém, o clima será decisivo para determinar a oferta e, consequentemente, os resultados aos produtores, visto que haverá pouca variação na área.

Confira mais informações no site www.hfbrasil.org.br

 

Fonte: Cepea

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