Helicoverpa armigera: alternativas efetivas de controle químico e biológico

Existe controle biológico ou químico adequado e suficiente no Brasil para controlar a Helicoverpa armigera? O Portal Agrolink fez essa pergunta à doutora em entomologia Cecilia Czepak, que foi uma das pioneiras na identificação da Helicoverpa armigera no Brasil em 2013.

“Com certeza, temos empresas idôneas que comercializam produtos biológicos e químicos que podem ajudar no manejo dessa e outras pragas. Basta que o produtor se mostre interessado e queira realmente uma mudança efetiva na sua maneira de conduzir essa sucessão de cultivos”, responde a especialista.

Ela cita como alternativas os “atrativos alimentares, feromônios, parasitoides, produtos biológicos à base de Bt (Bacillus thuringiensis) ou vírus – sendo esses específicos para a praga em questão. Porém, é importante salientar que são táticas de controle que exigem certos cuidados, principalmente relacionados ao horário de aplicação, distribuição ou pulverização e, lógico, presença frequente do responsável na lavoura, pois não se trata de controle químico”.

“Alias, é bom que se diga também que atualmente temos produtos químicos que se apresentam mais seletivos, porém, são produtos que exigem conhecimento técnico e devem ser aplicados com base nas informações decorridas dos monitoramentos e também com a supervisão do técnico responsável”, disse Cecilia.

A doutora recomenda aos produtores “não deixar alimento para essa praga. Isso significa não deixar tigueras, plantas espontâneas e soqueiras na área. Manejar as lavouras após as colheitas e, se não há possibilidade de eliminar essas plantas espontâneas ou daninhas, como a buva, por exemplo, mantê-las sob monitoramento constante, pois essa praga permanecerá na área, mesmo em baixa população, enquanto o alimento estiver presente, e bastarão poucos indivíduos para que ela mostre todo seu potencial como praga”.

Cecília aponta ainda a importância de manter monitoramentos contínuos nas áreas, e, ao primeiro sinal da presença da lagarta, consultar o técnico responsável, para que ele possa, junto ao produtor, decidir quando, o que e como será o manejo a ser adotado para essa praga.

“Para quem ainda não plantou, é importante fazer o monitoramento pré-plantio, e se a presença da praga for constatada, decidir o que fazer já na dessecação, isto é, antes de semear, para que não haja surpresas na emergência da cultura. Para finalizar, desejo sucesso e sorte a todos os produtores brasileiros nesta nova safra de verão, pois são grandes heróis que, apesar da crise em que o País passa, sabem mostrar o quanto a agricultura é importante para a economia, e não se deixam abater nem mesmo por uma praga exótica. Falta somente os nossos governantes entenderem isso e começarem a valorizar esses corajosos trabalhadores do campo”, disse.

Clique aqui para verificar os produtos para controle da Helicoverpa armigera.

 

Fonte: Agrolink

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