Baseado no alojamento interno de pintos de corte (segundo dados divulgados pela Associação Brasileira dos Produtores de Pinto de Corte – Apinco, até a produção de dezembro/2017), o gráfico abaixo indica o abate médio diário de cabeças de frango nos 12 meses decorridos entre fevereiro de 2017 e janeiro de 2018, comparando-os com idêntico período anterior. Foram adotados como parâmetros o abate aos 42 dias de idade e viabilidade de 96% dos pintos alojados internamente.
Como se constata, a quantidade apontada para o primeiro mês do corrente exercício (16.4 milhões de cabeças/dia) correspondeu ao segundo maior volume registrado entre fevereiro de 2017 e janeiro de 2018. E uma vez que, nos 12 meses analisados, janeiro é considerado o mês de menor demanda do produto, fica explicado o fraquíssimo desempenho do frango abatido no período: queda de 12% em relação ao preço, já fraco, de janeiro/2017 e o menor valor nominal dos últimos seis anos (!) para o mês de janeiro.
É preciso observar, de toda forma, que tanto em janeiro de 2018 como em dezembro de 2017 o volume ofertado ficou aquém do registrado em idênticos meses anteriores (no mês passado, por exemplo, o volume registrado apresentou recuo anual de 4%). Ou seja: a menos que a oferta de janeiro tenha sido “engrossada” por estoques de passagem e/ou por um sensível aumento na produtividade dos frangos criados, a procura do produto permanece em nível sofrível, comportamento que solicita maior atenção do setor produtivo, sempre envolto com aumentos nos custos.
Fonte: AviSite
