Frango: de olho em novos mercados, exportações fecham semestre em alta

“Este é o resultado do trabalho que temos promovido em nosso setor, juntamente com o poder público, para a abertura de novos mercados e a ampliação da capacidade dos embarques de outros importadores, como é o caso da China, somada à manutenção do status sanitário”, diz o presidente da ABPA, Francisco Turra, se referindo ao resultado positivo das exportações de carne de frango no 1º semestre. Foto: Divulgação
“Este é o resultado do trabalho que temos promovido em nosso setor, juntamente com o poder público, para a abertura de novos mercados e a ampliação da capacidade dos embarques de outros importadores, como é o caso da China, somada à manutenção do status sanitário”, diz o presidente da ABPA, Francisco Turra, se referindo ao resultado positivo das exportações de carne de frango no 1º semestre. Foto: Divulgação

As exportações brasileiras de carne de frango fecharam o primeiro semestre de 2015 com aumento de 2% em relação a igual período do ano passado, graças ao incremento de junho que, pela primeira vez, rompeu a barreira dos R$ 2 bilhões no desempenho mensal.

Na receita em reais dos seis meses de 2015, houve aumento de 18%, somando R$ 10,22 bilhões. No saldo cambial, até por causa da variação do dólar frente à moeda brasileira, foi registrado decréscimo de 9,4%, atingindo US$ 3,42 bilhões. Os dados são da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

“Este é o resultado do trabalho que temos promovido em nosso setor, juntamente com o poder público, para a abertura de novos mercados e a ampliação da capacidade dos embarques de outros importadores, como é o caso da China, somada à manutenção do status sanitário”, ressalta o presidente da entidade, Francisco Turra.

Sobre o mercado asiático, ele lembra que atualmente são 29 plantas para aves, já com o acréscimo da última habilitação de um frigorífico brasileiro, que ocorreu em abril de 2014.

“Temos sete plantas apenas aguardando publicação da autorização pelo governo chinês.  Outras oito estão sob avaliação, após missão – baseada em amostragem após visita a quatro plantas de aves – que recebemos no fim de junho e que terminou no último dia 2 de julho”, destaca.

“Desde o início do ano, a China tem incrementado suas compras de carne de frango do Brasil, saltando de uma média mensal de 18 mil toneladas para mais de 24 mil toneladas somente em 2015. O saldo poderá ser ainda superior, caso ocorra, em breve, a publicação de novas plantas para embarques de produtos avícolas com destino ao país asiático”, informa Turra.

“Isto, somando-se à elevação das importações de importantes parceiros comerciais – como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Venezuela, entre outros -, deverão manter o ritmo positivo alcançado no fim deste semestre, o que nos permite manter a previsão de crescimento traçada no início de 2015.”

MAIS DADOS

De acordo com a ABPA, as exportações brasileiras de carne de frango – considerando produtos inteiros, cortes, salgados, processados e embutidos – alcançaram um volume recorde em junho.  Ao todo foram embarcadas 395,7 mil toneladas, um resultado 30% superior ao total exportado em igual mês do ano passado.

Com este desempenho, os embarques do produto ao exterior geraram receita de R$ 2,1 bilhões, 52,3% a mais sobre junho de 2014.  Em dólar, o resultado foi 9,3% superior, totalizando US$ 685 milhões.

Conforme Turra, “o maior volume exportado pelo setor, até então, foi de 381 mil toneladas, realizado em julho de 2014”. “O saldo histórico de junho reverteu o resultado negativo que os embarques registraram no acumulado de janeiro a maio. Com isso, as exportações de carne de frango somaram 1,99 milhão de toneladas no primeiro semestre de 2015, alta de 2%.”

“Muitos de nossos grandes importadores foram os principais responsáveis por este desempenho do primeiro semestre do ano, como é o caso da Arábia Saudita, China, Emirados Árabes, Japão, Rússia e Venezuela. Em geral, houve crescimento em praticamente todos os mercados, o que veio a confirmar as previsões da Associação Brasileira de Proteína Animal, o que aponta para um segundo semestre também positivo”, destaca Ricardo Santin, vice-presidente do Setor de Aves da ABPA.

Por equipe SNA/RJ

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