Fios fluorescentes

Casulos fluorescentes são ecologicamente corretos. Foto: Divulgação
Casulos naturalmente fluorescentes são ecologicamente corretos. Foto: Divulgação

Como já dito, algumas raças de bicho-da-seda são capazes de produzir fios coloridos, nas tonalidades verde e amarela. Mas, cientistas do Instituto de Pesquisa de Materiais e Engenharia (IMRE), de Singapura, resolveram ir mais além: produzir fios coloridos fluorescentes.

Para isso, acrescentaram corantes, de rodamina, às folhas de amoreiras, que serviam de alimento às lagartas. Elas, então, passaram a produzir fios naturalmente coloridos, e melhor, sem o risco de desbotar.

Isso foi possível porque as moléculas contidas nos corantes foram incorporadas nos filamentos de seda. Segundo os cientistas, o novo método exclui a necessidade de tingimento, fazendo com que a seda possa se tornar um produto ecológico e sustentável, devido à redução do uso de água e corantes no processo tradicional de coloração do fio.

Além disso, a nova tecnologia permite a diminuição de custos e pode ser incorporada por grandes indústrias. O processo é praticamente o mesmo da produção do fio convencional, a não ser pela adição de corante na dieta do bicho-da-seda durante os últimos quatro dias de vida da larva.

O projeto de pesquisa ainda não foi concluído, mas os cientistas esperam que essa descoberta também seja utilizada para fins medicinais. Segundo eles, a luminescência desta seda pode colaborar no monitoramento de próteses e na reconstrução de ossos e tecido humano.

 

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Fonte: Revista A Lavoura – Edição nº 702/2014

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