Faturamento com exportação do complexo soja do Brasil deve voltar a crescer em 2017

As divisas geradas pelas exportações de soja em grão, farelo e óleo, que têm liderado a pauta exportadora do Brasil, deverão voltar a crescer em 2017, apesar de preços internacionais mais baixos diante de grandes safras nos últimos anos e indicações de novas colheitas recordes nos principais produtores do mundo.

A estimativa divulgada hoje pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), indica que o faturamento com os embarques do chamado complexo soja deverão atingir US$ 25.9 bilhões em 2017, contra US$ 25.7 bilhões na estimativa para este ano. Em 2015, quando os preços estavam mais altos, as exportações totalizaram US$ 27.96 bilhões e em 2014 um recorde de US$ 31.4 bilhões.

Os preços da soja no mercado internacional continuam deprimidos, mas um volume recorde de exportações de soja em grão e de farelo pelo Brasil no ano que vem deverá evitar uma nova queda anual no faturamento.

Os contratos futuros da soja na bolsa de Chicago, referência global, estão sendo negociados um pouco acima das mínimas desde 2009 registradas no começo deste ano, quando foram cotados a cerca de US$ 8,50 o bushel. Hoje, operavam em aproximadamente a US$ 9,50 o bushel.

“Porque a safra dos Estados Unidos é muito grande e o Brasil também deve colher uma safra grande, levou o mercado a um patamar mais baixo”, disse o secretário-geral da Abiove, Fábio Trigueirinho.

Segundo ele, o mercado já absorveu uma “parte razoável” dessas estimativas das safras do Estados Unidos e do Brasil, os dois maiores produtores globais de soja.

A indústria de soja tem liderado as divisas obtidas com as exportações do Brasil, desde que os preços do minério de ferro caíram, com um excedente global gerado pela expansão de capacidade das grandes mineradoras, incluindo a brasileira Vale, maior produtora global da commodity.

Do total das divisas, a soja em grão responde pela grande maioria do faturamento, ou US$ 19.95 bilhões projetados para 2017. Os preços de exportação, no entanto, ficarão em US$ 350,00 a tonelada em média contra US$ 370,00 neste ano.

 

Fonte: Reuters

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