Etanol de milho: oportunidade para investir na indústria, usar excedente e aumentar áreas de plantio

“É preciso investir na industrialização do etanol, caso contrário a atividade naquela região deverá diminuir, por conta das dificuldades de escoamento”, diz o diretor da SNA Hélio Sirimarco
“É preciso investir na industrialização do etanol, caso contrário a atividade no Centro-Oeste deverá diminuir, por conta das dificuldades de escoamento”, diz o diretor da SNA Hélio Sirimarco

As perspectivas para a produção de etanol de milho no Brasil em 2015 são bastante favoráveis. É o que observa o diretor da Sociedade Nacional de Agricultura, Helio Sirimarco.

Com os incentivos do governo, principalmente no Centro-Oeste – a nova fronteira para a produção de milho –  o setor poderá se expandir. No entanto, adverte Sirimarco, “é preciso investir na industrialização do etanol, caso contrário a atividade naquela região deverá diminuir, por conta das dificuldades de escoamento”.

De acordo com o diretor da SNA, a produção de etanol de milho é uma boa oportunidade para que o país possa utilizar o excedente da safra e aumentar as áreas de plantio.

“Nesse caso, o crescimento é possível com as pastagens subutilizadas e com os espaços destinados à soja para a safrinha.  Tecnicamente, o Brasil pode dobrar a área de plantio de milho, se houver demanda”, afirma Sirimarco.

Além disso, ele ressalta que a capacidade do país em agregar novos espaços afasta a possibilidade do milho produzido para o etanol tomar espaço do produto que é voltado para o consumo.

“Com o uso de tecnologias avançadas e melhor adubação do solo, o desempenho nas zonas de plantio será otimizado”, salienta o diretor.

 

SAFRA 2014/2015

Segundo estimativa de novembro da INTL FCStone, a produção de milho deve ser de 76.4 milhões de toneladas para a safra 2014/15 no Brasil, o que representa uma queda frente ao ciclo 2013/14.

“Com essa produção, e considerando um consumo interno de 55.5 milhões de toneladas e um volume exportado de 19 milhões de toneladas, estima-se que os estoques finais fiquem em 16.35 milhões de toneladas para o ciclo 2014/15, o que resultaria numa relação estoque/uso de 21,9%. Os estoques iniciais foram ajustados para baixo, após a revisão das exportações da safra 2013/14 para 18.5 milhões de toneladas”, informa Sirimarco.

 

Por equipe SNA/RJ

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