Dia Mundial da Alimentação: segurança alimentar pode mudar futuro da migração, aponta FAO

Banner da campanha da FAO em comemoração ao Dia Mundial da Alimentação. Foto: Divulgação
O Dia Mundial da Alimentação, comemorado em 16 de outubro, será marcado com um novo olhar. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) traz este ano, como centro de sua campanha, o tema “Mude o futuro da migração. Investir na segurança alimentar e no desenvolvimento rural”.
Segundo o organismo internacional, o aumento de conflitos localizados e instabilidades políticas regionais milhares de pessoas foram forçadas a deixar suas casas. Ainda conforme a FAO, o movimento constante de seres humanos no momento tem superado ao grande movimento migratório ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial.
Aliados a essas adversidades, também estão a fome, a pobreza e um aumento de eventos climáticos extremos relacionados às mudanças climáticas são fatores que contribuem para o desafio de migração.
DESAFIOS COMPLEXOS
A instituição indica que grandes deslocamentos de populações trazem desafios complexos, que requerem uma ação global, e ainda entende que o movimento migratório provoca tensões e confrontos em países em desenvolvimento, onde os recursos já são escassos.
É bom saber: em 2015, havia 244 milhões de migrantes internacionais, 40% a mais do que em 2000. As pessoas que se deslocam dentro das fronteiras nacionais foram estimadas em 763 milhões em 2013, o que significa que há mais migrantes internos do que migrantes internacionais.
A FAO estima que três quartos das pessoas em situação de extrema pobreza baseiam sua subsistência na agricultura e outras atividades rurais. Ainda acredita que, ao investir no desenvolvimento rural, a comunidade internacional pode aproveitar o potencial de migração para apoiar o desenvolvimento e aumentar a resiliência das comunidades de acolhimento e deslocados, lançando assim as bases para a recuperação a longo prazo e crescimento inclusivo e sustentável.
POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO RURAL
A FAO trabalha com governos, agências da ONU, o setor privado, sociedade civil e comunidades locais para gerar evidências sobre padrões de migração, reforçando a capacidade dos países para abordar a migração por políticas de desenvolvimento rural.
Explorando o potencial de desenvolvimento da migração, especialmente em termos de segurança alimentar e redução da pobreza. A migração é parte do processo de desenvolvimento, como economias sofrem transformação estrutural e pessoas em busca de melhores oportunidades de emprego no seu país e além das suas fronteiras.
O desafio é abordar os fatores estruturais de grandes movimentos populacionais para que a migração seja ordenada e regular. Assim, pode contribuir para o crescimento econômico e melhorar a segurança alimentar e meios de subsistência rurais.

Fonte: FAO com edição d’A Lavoura

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