Demanda externa por carnes eleva os preços

A exportação brasileira de carne “in natura” está com ritmo ainda mais intenso neste mês do que no anterior. Em setembro, houve aumento nas exportações de carnes de frango e suína, mas queda na bovina. Neste mês, todas crescem.

Bom para a balança comercial, mas o aumento das exportações de carnes vem acompanhado também de elevação dos preços externos, mantendo também os preços internos aquecidos.

O consumidor brasileiro não só vai disputar o volume de carne com o mercado externo como sofrer os efeitos da elevação de preços.

Considerando a média diária do volume exportado nos oito primeiros dias úteis deste mês, as indústrias brasileiras deverão colocar 522 mil toneladas de carnes “in natura” no mercado externo neste mês. Se esse ritmo for mantido, a venda externa superará em 14% a de setembro.

Os números são da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), que divulga só os dados das exportações de carne “in natura”. As vendas totais são de 10% a 15% maiores.

Em valores, as vendas deste mês deverão atingir US$ 1,49 bilhão, acima do US$ 1,22 bilhão do mês passado.

Além do crescimento do volume exportado dos três tipos de carne (suína, bovina e de frango) neste mês, os preços médios de comercialização voltaram a subir para todas as carnes.

Mantido o ritmo atual de preços e de volume exportado, a carne de frango, a que mais rende no setor, somará 359 mil toneladas, com receitas de US$ 704 milhões.

O frango exportado está sendo negociado a US$ 1.970 por tonelada neste mês, 3% mais do que em setembro.

Já o segmento de carne bovina, o segundo maior no setor, pode superar as 100 mil toneladas, com receitas de US$ 573 milhões. A tonelada de carne está sendo negociada a US$ 4.951, com alta de 1,4% ante setembro.

Já a carne suína, devido à intensa presença da Rússia no mercado brasileiro, teve a maior valorização neste mês, com aumento médio de 11%. A tonelada subiu para US$ 4.430 neste mês.

Em 12 meses, a carne suína subiu 52% no mercado externo; a bovina, 9%, e a de frango, 8%.

 

Fonte: Folha de S. Paulo – Vaivém

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