Consultorias reduzem estimativas para a safra de milho 2015/16

Hélio Sirimarco, vice-presidente da SNA, observa que, no ano comercial 2015/2016, as exportações de milho “bateram todos os recordes, alcançando 30.4 milhões de toneladas” FOTO - Arquivo/SNA
Vice-presidente da SNA, Hélio Sirimarco observa que, no ano comercial 2015/16, as exportações de milho “bateram todos os recordes, alcançando 30,4 milhões de toneladas”. Foto: Arquivo SNA

As estimativas para a safra de milho 2015/16 foram reduzidas de forma acentuada pelas principais consultorias especializadas. O clima adverso, causado principalmente pela seca em Mato Grosso e Goiás, que afetou a safrinha, provocou um impacto considerável nas últimas análises.

“Agora, com o início da colheita, vamos ter uma ideia mais clara da situação”, afirma o vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) Hélio Sirimarco, que chama a atenção para a disparidade de números entre as estimativas já divulgadas.

“Segundo a Reuters, em sua pesquisa de novembro de 2015, junto a sete empresas de consultoria do setor, a diferença entre a maior e a menor estimativa era de 4,5 milhões de toneladas. Na atual pesquisa, a diferença é de mais de 14 milhões de toneladas.”

Goiás, o Estado mais afetado pelos problemas climáticos, “deverá ter quebra de safra de 47,8%”, diz Sirimarco. “Já Mato Grosso, o segundo Estado mais prejudicado, será responsável por 37,5% de toda a produção da safrinha”, acrescenta.

Um quadro bem diferente deste foi verificado na safra 2014/15, quando a produção total de milho alcançou 88,4 milhões de toneladas. Neste período, o País bateu um recorde até então inédito, chegando posteriormente, no ano comercial 2015/16 (fevereiro/janeiro), à posição de segundo maior exportador de milho, perdendo apenas para os Estados Unidos.

 

EXPORTAÇÕES

No ano comercial 2015/2016, o vice-presidente da SNA observa que as exportações de milho “bateram todos os recordes, alcançando 30,4 milhões de toneladas”. Mas com a quebra de safra e segundo a última pesquisa da Reuters, ele acredita ser difícil estimar os volumes que estarão disponíveis para a venda externa.

“Existe muita incerteza, no entanto, as estimativas são de que as exportações na temporada deverão ficar abaixo de 26 milhões de toneladas”, salienta Sirimarco.

Nesta semana, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), estimou a venda externa de milho no Brasil, para 2016, em 23 milhões de toneladas. Em abril, a instituição havia feito uma estimativa de 30 milhões de toneladas.

 

Por equipe SNA/RJ

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