Conservação do solo é pré-requisito para agropecuária brasileira

O desenvolvimento sustentável da agricultura no Brasil, em especial, a conservação e a preservação do solo foi tema discutido nesta terça-feira (14 de abril), durante a audiência pública em alusão ao Dia Nacional da Conservação do Solo, comemorado nesta quarta-feira (15), na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Um dos principais temas abordados foi a implementação de políticas públicas para incentivar o uso consciente deste bem natural e evitar a erosão, o assoreamento e outras degradações do solo.

O secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SDC/Mapa), Caio Rocha, que esteve no evento representando a ministra Kátia Abreu, ressaltou a importância do desenvolvimento de um trabalho planejado e conservacionista para o solo, requisito para a continuidade e ampliação da agricultura brasileira.

“Temos de ter um monitoramento constante não somente dos trabalhos que a área técnica tem desenvolvido, mas também no âmbito político, para que possamos avançar nas ações de conservação do solo”, afirmou.

O uso correto de práticas conservacionistas foi amplamente abordado pelos participantes, que foram unânimes em avaliar que este seria um dos meios mais viáveis e eficientes de alcançar a sustentabilidade do manejo do solo.

“Plantio direto, integração Lavoura-Pecuária-Florestas, manejo de infiltração, recuperação de pastagens degradadas, são algumas das tecnologias financiadas pelo Ministério da Agricultura para que as culturas sejam sustentáveis e para que o solo seja utilizado como unidade de planejamento agrícola e atenda a um objetivo comum, que é ampliar nossa agricultura sem agredir o meio ambiente”, ressaltou Rocha.

O secretário citou o Plano ABC como o principal programa do Mapa em se tratando de tecnologias de mitigação e ações de adaptação às mudanças climáticas.

“Os avanços já são visíveis. Foram cerca de R$ 2,5 bilhões em crédito liberado somente neste Plano Agrícola e Pecuária (PAP 2014/2015) e desde 2011, quando o programa começou a ser implementado, já foram R$ 10 bilhões investidos no campo”, disse.

A audiência foi proposta pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento da Câmara dos Deputados e contou com a participação do presidente da comissão deputado Irajá Abreu (PSD/TO), do presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, Átila Lira (PSB/PI), do presidente da Embrapa, Maurício Lopes, do secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural do Ministério do Meio Ambiente, Paulo Cabral, que representou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

ANO INTERNACIONAL DOS SOLOS

O ano de 2015 foi instituído pela Organização das Nações Unidas, mediante requerimento da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), como o Ano Internacional dos Solos. Com isso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a FAO e a Embrapa estabeleceram uma agenda conjunta de trabalho com a finalidade de promover uma maior conscientização dos governos e da sociedade, para consolidar uma atitude conjunta com relação ao uso e manejo do solo.

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp