Conselho Nacional do Café: balanço semanal – 13 a 17 de fevereiro

Reforma trabalhista # A proposta no campo

A necessidade de ampla reforma trabalhista é um tema que está diretamente ligado à cafeicultura brasileira, tendo em vista que grande parte de nossos custos de produção são oriundos do emprego de mão de obra. O Conselho Nacional do Café (CNC) entende como necessária essa reforma, para que se possa atualizar uma legislação antiga dentro do contexto atual de uma economia moderna e competitiva de livre mercado.

No dia 19 de janeiro, o CNC coordenou a primeira reunião de 2017 do Conselho do Agro, avaliando as oportunidades e ameaças na área trabalhista, após fatos ocorridos no fim do ano passado. Como andamento, e após reuniões posteriores com a equipe de apoio do Conselho, optou-se pela realização, junto à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), do evento “Reforma Trabalhista #A proposta no campo”.

As atividades serão dividas em duas etapas: pela manhã, haverá pronunciamentos dos presidentes da CNA e do CNC, João Martins e Silas Brasileiro, respectivamente, e do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, além de talk shows, mediados por Alexandre Garcia, uma personalidade de renome na mídia. À tarde haverá salas de debate, oportunidade em que será discutida a necessidade de uma legislação mais adequada à realidade do campo.

As salas também contarão com a participação de assessores de deputados e senadores, que analisarão a reforma trabalhista e poderão se integrar aos técnicos das entidades do setor rural para discutir as vantagens, desafios e impactos no campo das propostas que tramitam no Congresso Nacional.

O CNC entende que essa será uma grande oportunidade para fazer chegar aos parlamentares o entendimento sobre as condições diferenciadas do trabalho rural. O cronograma e a programação completa do evento serão informadas oportunamente.

 

Liberações do Funcafé

A liberação dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para a safra 2016 totalizou R$ 3.652 bilhões até o momento, ou 79,28% do total de R$ 4.606 bilhões contratados pelos agentes financeiros (vide gráfico abaixo – clique para ampliar). Os números fazem parte de material disponibilizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

 

 

Do volume repassado, R$ 1.530 bilhão foram destinados à Estocagem (87,35% do total para essa linha); R$ 772.7 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café – FAC (77,27%); R$ 665.086 milhões para a linha de Custeio (79,81%); R$ 577.611 milhões para as linhas de Capital de Giro (R$ 266.750 milhões para Cooperativas de Produção [66,69%], R$ 168.8 milhões para Indústrias de Torrefação [56,27%] e R$ 142.039 milhões para Indústrias de Solúvel [71,02%]); e R$ 12.731 milhões para Recuperação de Cafezais Danificados (63,66%).

 

Mercado

O comportamento do dólar e os indicadores técnicos continuam sendo os principais fatores de influência na formação dos preços futuros do café. O índice externo do dólar sofreu perdas nos últimos dias, mas ainda continua em patamar valorizado, superior a 100 pontos, o que, em tese, desfavorece o mercado das commodities.

No âmbito doméstico, a divisa norte-americana encerrou o pregão de quinta-feira (16) cotada a R$ 3,0841, em alta de 0,56%. A tendência de fortalecimento do real, por sua vez, impacta negativamente a formação dos preços pagos aos produtores.

Na ICE Futures US, o vencimento março do Contrato C foi cotado, na quinta-feira, a US$ 1,4840 a libra-peso, em discreta alta de 25 pontos em relação ao fechamento da semana passada. O vencimento março do contrato futuro do robusta, negociado na ICE Futures Europe, encerrou o pregão de ontem cotado a US$ 2.179 a tonelada, acumulando valorização de US$ 20 em relação à última sexta-feira.

No que se refere ao impacto das condições climáticas no desenvolvimento dos cafezais brasileiros, o quadro abaixo (clique para ampliar) resume informações levantadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) junto a agentes do setor, até 10 de fevereiro.

 

 

Segundo a Climatempo, para as próximas semanas há previsão de redução do volume de chuvas sobre o cinturão cafeicultor do Brasil. Este cenário favorece a melhora das condições fitossanitárias. A Somar Meteorologia acrescenta que as precipitações sobre o Espírito Santo, embora reduzidas, serão suficientes para minimizar as perdas de umidade do solo.

No mercado doméstico, os negócios continuaram fracos devido à queda dos preços. Os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e conilon foram cotados, ontem, a R$ 501,31/saca e a R$ 439,16/saca, respectivamente, com variações de -2,2% e -3,8%, em relação ao fechamento da semana anterior.

 

Fonte: CNC

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