Colheita do milho atinge 38% da área no Rio Grande do Sul, e soja chega a 5%

A colheita do milho registrou um pequeno avanço de 3% no Rio Grande do Sul e atingiu 38% da área cultivada, segundo levantamento da Emater/RS-Ascar, órgão de assistência técnica e extensão rural do governo gaúcho. No informativo divulgado na quinta-feira (16), os técnicos da Emater/RS informam que a colheita do milho evoluiu de forma mais lenta nesta semana devido à preferência dada à soja.

O levantamento de campo constatou que as produtividades seguem superando as expectativas iniciais, variando, em muitos casos, de seis mil a 9.600 kg por hectare em lavouras de sequeiro e, em nas áreas irrigadas, variam de 12 mil a 15 mil kg por hectare. Os técnicos observam que o preço recebido pelos produtores está abaixo da expectativa, o que provoca um custo de produção em torno de 90 sacas por hectare.

As áreas onde o milho foi colhido estão sendo utilizadas para a implantação do cereal fora da indicação do zoneamento agroclimático. Estas lavouras apresentam boa germinação e desenvolvimento vegetativo, devido às últimas chuvas que foram muito benéficas.

O preço do milho para o produtor recuou mais 0,31% nesta semana no mercado gaúcho. A cotação ficou em R$ 27,36/saca. O valor é 11,7% inferior ao mesmo período do mês passado – 28% menor que o registrado na mesma época no ano passado, e ficou 17% abaixo da média histórica dos últimos cinco anos.

Soja

Já a colheita da soja deslanchou na última semana e atingiu 5% da área cultivada. Os técnicos da Emater/RS comentam que o aspecto geral da cultura é ótimo, favorecido pelas condições climáticas de chuvas regulares, temperaturas elevadas e intensa radiação solar ocorridas no período.

Os especialistas relatam que, no geral, não há maiores problemas de pragas ou doenças, apesar da existência de focos da ferrugem asiática. No momento, está sendo feito um monitoramento das lavouras em relação ao ataque de lagarta e percevejo, mas o índice verificado é baixo.

Para o controle da ferrugem asiática foram intensificadas as pulverizações, já ocorrendo a segunda pulverização com fungicidas e, em alguns casos, já realizada a terceira aplicação. A expectativa dos agricultores é de uma ótima safra, se as chuvas continuarem ocorrendo a cada semana, como vem acontecendo até o momento.

O preço da soja para o produtor subiu 0,24%, para R$ 65,63/saca. No mês, a cotação recuou 1,9% e em relação ao mesmo período do ano passado a queda foi de 13,7%. Na comparação com a média geral de cinco anos, a cotação está 6,71% abaixo.

 

 

Fonte: Globo Rural

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