Carne suína: exportações no ano passado só perdem para 2005, aponta ABPA

“Tivemos um período excelente em 2014.  Embora o volume exportado tenha sido inferior ao registrado ao do ano passado, o crescimento em receita foi excepcional. O cenário político no leste europeu e as ocorrências de Diarreia Suína Epidêmica (PED), em grandes países produtores, afetaram o preço internacional, favorecendo o ganho cambial do setor brasileiro”, ressalta Francisco Turra, presidente da entidade
“Tivemos um período excelente em 2014. Embora o volume exportado tenha sido inferior ao registrado ao do ano passado, o crescimento em receita foi excepcional. O cenário político no leste europeu e as ocorrências de Diarreia Suína Epidêmica (PED), em grandes países produtores, afetaram o preço internacional, favorecendo o ganho cambial do setor brasileiro”, ressalta Francisco Turra, presidente da entidade

Os embarques do Brasil para a União Aduaneira colaboraram, e muito, para que a receita cambial das exportações de carne suína fechasse 2014 com alta de 16,9%, em relação ao desempenho do ano anterior. Também houve um forte crescimento da receita em real, chegando a R$ 3,7 bilhões, o que resultou em elevação de 27,1% em igual comparativo. Os dados são da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

De acordo com a entidade, o saldo é resultado dos embarques de 505,7 mil toneladas de carne suína em 2014, o que significou um desempenho 4% inferior ao total exportado no ano anterior.  Os dados consideram os números referentes a cortes (408,4 mil toneladas), miúdos (59,9 mil toneladas), enchidos (11,6 mil toneladas), carcaças (10 mil toneladas), preparações (9,4 mil toneladas) e outros produtos (6,2 mil toneladas).

“Tivemos um período excelente em 2014.  Embora o volume exportado tenha sido inferior ao registrado ao do ano passado, o crescimento em receita foi excepcional. O cenário político no leste europeu e as ocorrências de Diarreia Suína Epidêmica (PED), em grandes países produtores, afetaram o preço internacional, favorecendo o ganho cambial do setor brasileiro”, ressalta Francisco Turra, presidente da entidade.

Em número de tonelagem exportada, o ano passado só perde para 2005. “Foi quando batemos o recorde de exportações (totais) com 625 mil toneladas exportadas.  Naquela época, tínhamos dentre nossos destinos mercados relevantes, como a África do Sul – à época, quarto principal destino, respondendo por 2,9% das exportações do ano”, lembra Turra.

Dentre os mercados internacionais, a maior importadora de suínos do Brasil foi a Rússia, responsável pelos embarques de 186,5 mil toneladas no ano passado, um aumento de 38,3% sobre 2013.  A receita dos embarques para o território russo quase dobrou no período, chegando a alta de 96,8%, com US$ 810,5 milhões.

“Os embarques para a Rússia, principal mercado nos países da União Aduaneira, foram primordiais para o desempenho obtido neste ano.  Esperamos que o ritmo das exportações para este destino se mantenham até o meio deste ano”, ressalta Turra.

OUTROS DADOS

Apesar dos bons resultados de 2014, o presidente da ABPA pondera: “Na verdade, o mercado de suínos permaneceu estável, sem aumentos na produção e de mercado geral.  Houve aumento nos volumes embarcados para a Rússia, mas queda nos embarques para Hong Kong. O mercado interno – que é o principal mercado para a carne suína – seguiu estável, com demanda adequada à oferta. Em 2015, esperamos consolidar a abertura de novos mercados, como Coreia do Sul, México e Canadá”.

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal, para o segundo maior destino da carne suína brasileira, Hong Kong, foram comercializadas 110,9 mil toneladas durante todo o ano de 2014 (-8,5%), com receita de US$ 278,9 milhões (-3,5%). Na terceira posição, Angola importou 52,2 mil toneladas (+4,3%), chegando a US$ 94 milhões (+1,7%).

A ABPA destaca Singapura, que registrou crescimento 12,2% em volumes, com total de 32,2 mil toneladas.  A elevação foi ainda maior em receita, com US$ 95,2 milhões, o que significou um aumento de 14,5% em relação a 2013.

“Apesar do bom desempenho do setor neste ano, temos ambições maiores, focadas na abertura de novos mercados para a carne suína do Brasil, reduzindo a dependência do leste europeu”, salienta Turra.

EM 2015

As projeções da Associação Brasileira de Proteína Animal indicam que as exportações de carne suína ao exterior, em 2015, devem girar em torno de 520 mil toneladas, com produtos embarcados até dezembro.

“Pelo menos até a metade do ano, acreditamos que a Rússia deverá manter as importações nos mesmos níveis. Em outros mercados, há expectativa de crescimento de vendas para a Ásia, com ênfase na China e Japão. Para expandir nossos embarques, estamos focando nossos esforços na abertura de mercado com a Coreia do Sul. Temos boas perspectivas para negociar com México e Canadá e, principalmente, retornarmos ao mercado de vendas para a África do Sul.”, aponta Turra.

Por equipe SNA/RJ

 

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp