Biotecnologia industrial é ferramenta para chegar à bioeconomia

Estudos da ABBI apontam que o setor poderia injetar na economia brasileira, aproximadamente, US$ 53 milhões, com a produção maior de biocombustíveis, além de novos bioquímicos e bioprodutos. Foto: Divulgação

A biotecnologia industrial será a principal ferramenta para alcançar a bioeconomia avançada, o próximo e mais promissor vetor de desenvolvimento do mundo. A previsão é o do presidente da Associação Brasileira de Biotecnologia Industrial (ABBI), Bernardo Silva. Ele falará sobre esse tema, na palestra de abertura do 4º Encontro de Pesquisa e Inovação da Embrapa Agroenergia (EnPI 2017), que acontece de 23 a 25 de setembro, em Brasília (DF).

Tema do evento, a biotecnologia industrial utiliza microrganismos e enzimas em processos industriais e está diretamente relacionada à sustentabilidade. Para Silva, investir nesse segmento é uma oportunidade para o desenvolvimento do Brasil.

Estudos da ABBI apontam que o setor poderia injetar na economia brasileira, aproximadamente, US$ 53 milhões, com a produção maior de biocombustíveis, além de novos bioquímicos e bioprodutos.

O País tem um ambiente favorável à expansão do uso da biotecnologia nas indústrias. Para começar, condições privilegiadas para geração de matéria-prima: clima adequado, maior biodiversidade do planeta, agricultura forte e disponibilidade de terras.

A biotecnologia já está presente, especialmente no consolidado segmento de biocombustíveis. Só na produção de etanol, há 400 usinas engajadas.

“Além disso, o Brasil está na vanguarda da produção de biodiesel, biometano, produtos que também podem ser oriundos da biotecnologia”, lembra Silva.

 

REFERÊNCIAS

Outras indústrias, como a de papel e celulose, ração animal e a indústria química, já estão se tornando referência na área.

“Entre os segmentos industriais com grande potencial para acrescentar a biotecnologia em seus processos produtivos estão a indústria têxtil, a indústria de mineração, as empresas de alimentos e cosméticos, bem como o desenvolvimento de novos biocombustíveis para uso em aviões e veículos de grande porte”, analisa.

A aplicação da biotecnologia nos setores de nutrição animal e insumos para cosméticos será tema de duas mesas-redondas, com participação de pesquisadores e representantes de empresas, durante o EnPI 2017. O evento contará também com apresentação de pesquisas desenvolvidas na Embrapa Agroenergia.

A biotecnologia industrial é um dos quatro eixos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da unidade da Embrapa, que aposta no aproveitamento integral da biomassa que sai do campo e tem a bioeconomia como mote de seu trabalho. Por isso, a carteira de projetos e a vitrine de tecnologias da instituição apresentam ações não só para a produção de biocombustíveis, mas também para a cadeia de nutrição animal, agroquímicos, produtos químicos de origem renovável e biomateriais.

Mais informações sobre o EnPI 2017 estão no site www.embrapa.br/enpi2017.  No mesmo endereço, é possível fazer inscrição até 18/09. As taxas para participação variam de R$20 a R$50, de acordo com a categoria.

 

SERVIÇO

4º Encontro de Pesquisa e Inovação da Embrapa Agroenergia (EnPI)

Data: 25 a 27 de setembro de 2017

Local: Embrapa Agroenergia/Embrapa Sede

Contatos: 61 3448-1592 ou 3448-1598

E-mail: cnpae.enpi@embrapa.br

 

Fonte: Embrapa Agroenergia

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