Aumento da produtividade de soja esbarra na falta de logística do país

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A produtividade de grãos no Brasil promete ser elevada em 2014. Segundo o “Correio Braziliense”, o Ministério da Agricultura estima uma produção de 196,7 milhões de toneladas de grãos, com a possibilidade do alcance histórico de 200 milhões de toneladas. Consultada pelo Instituto Millenium, a economista e pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia (FGV/IBRE), Daniela Rocha, destaca que o aumento de produção, motivo de comemoração, traz à tona, no entanto, as dificuldades de infraestrutura e logística que atrapalham o escoamento de grãos no Brasil.

“Mesmo com o término do novo terminal da América Latina Logística (ALL), em Rondonópolis, e com o a possibilidade de realizar escoamentos agendados, para que o transporte dos grãos não seja feito ao mesmo tempo, este ano ainda teremos problemas graves de logística. Principalmente nos portos de Santos (SP) e Santarém (PA). Ainda há muita coisa em obra e os projetos demoram para sair do papel”, explica Daniela.

Um dos principais motivos para o aumento da produtividade se deve à soja, que este ano pode levar o país à liderança mundial, superando os Estados Unidos. A previsão para a produção da oleaginosa em 2014 está estimada em 95 milhões de toneladas. De acordo com Daniela, só na Bahia, espera-se um aumento de 41,5% na produção do grão neste ano. “Ano passado a safra não foi muito boa, o aumento que se espera para 2014, quase de 50%, é muito relevante”, diz.

Armazenagem

Além dos gargalos no transporte, o armazenamento do grão de soja também enfrenta problemas. Segundo o site “Soja Brasil”, hoje a capacidade de estocagem de grãos em silos e armazéns gira em torno de 125 milhões de toneladas de grãos. Daniela afirma que esse déficit de capacidade prejudica a economia como um todo. “Precisamos investimento não só em rodovias, mas também em rodovias e hidrovias, para evitar um elevado custo de frete e para que o escoamento seja mais eficiente e o grão não passe mais que o tempo ideal em caminhões”.

Fonte: Instituto Millenium 

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