Agroceres avalia situação favorável para o mercado de suínos com alta produção de milho e soja

Ao contrário do ano passado, o cenário dos custos de produção se desenha mais favorável à cadeia de proteínas animais, já que as expectativas são de preços bastante atrativos no milho e soja, com produções recordes.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estima que o Brasil deva produzir nesta safra algo em torno de 87.4 milhões de toneladas, sendo 28.8 milhões de toneladas na primeira safra e 58.5 milhões de toneladas na segunda.

É claro que todo esse volume ainda depende do andamento da safrinha, que se tornou nos últimos anos o grande período de produção de milho no Brasil. Segundo o diretor superintendente da Agroceres, Fernando Antônio Pereira, ao que tudo indica as condições de clima será favorável ao desenvolvimento da segunda safra, garantindo o abastecimento no Brasil.

Na BM&F o contrato futuro do milho, março/17, gira em torno de R$ 34,00 a saca no pregão desta quinta-feira (16 de fevereiro), enquanto que o setembro/17 é negociado a R$ 31,00/saca. Já o indicador Cepea/Esalq fechou na quarta-feira (15 de fevereiro) cotado a R$ 36,04/saca. Queda de 0,88% na comparação com dia anterior e de 0,99% em relação ao mês anterior.

Mas, Pereira ressalta que os preços do milho devem ganhar um direcionamento efetivo após a confirmação do desenvolvimento da safrinha no Brasil e o plantio da safra nos Estados Unidos, cujo plantio iniciará no próximo mês. “O grande desafio, no caso do produtor de milho, estará no desempenho das exportações neste ano já que temos essa estimativa de grande oferta”, disse Pereira.

“Por outro lado, neste momento existe uma tendência de cultivar mais soja na safra 2017/18 dos EUA, significando que a área plantada de milho poderá ser reduzida, dando sustentação aos preços”, disse o diretor.

Para soja a estimativa da Conab é de que a produção alcance 105.6 milhões de toneladas, contra as 95.4 milhões de toneladas da safra 2015/16. No cenário global a estimativa de crescimento é de 7,8% segundo dados do USDA.

“Hoje não temos nenhum fator forte para esperar uma reversão drástica no suprimento de grãos, exceto pela possibilidade da política interferir no câmbio”, disse Pereira.

O diretor lembra que na safra 2015/16 a desvalorização do real frente ao dólar – influenciada pelas questões políticas – elevou as projeções de exportação brasileira, prejudicando o abastecimento interno.

Também relacionado à política e economia, os suinocultores esperam recuperar os níveis de consumo interno para garantir um cenário positivo neste ano. A Agroceres “trabalha com expectativa de retomada da demanda somente no segundo semestre, mas ainda muito modesta”.

De forma geral, a expectativa é de que os produtores contem com uma queda importante nos custos de produção, ligeira alta na demanda, exportações segundo em bom ritmo e margens dos produtores em recuperação.

 

Fonte: Notícias Agrícolas

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