Agribusiness e infraestrutura oferecem melhores oportunidades para quem deseja empreender

 Mateus Aguiar dos Santos (vice-presidente do Conselho Empresarial de Jovens Empreendedores) e o diretor da SNA, Rony Oliveira, discutem propostas para o WEF de 2015. José Luis Figueiredo
Mateus Aguiar dos Santos (vice-presidente do Conselho Empresarial de Jovens Empreendedores) e o diretor da SNA, Rony Oliveira, discutem propostas para o WEF de 2015. Foto: José Luis Figueiredo

 

“As áreas de agribusiness e infraestrutura são as que oferecem as melhores oportunidades de empreendedorismo”, declarou Sthéphanie Kergall, diretora do World Entrepeneurship Forum (WEF), evento que o diretor da Sociedade Nacional de Agricultura Rony Oliveira pretende trazer para o Brasil no próximo ano, em parceria com o Sebrae.

A diretora do WEF visitou recentemente a SNA com o objetivo de buscar o apoio técnico da instituição e ouvir sugestões para os temas a serem abordados no Fórum de 2015. Este ano, a sétima edição do WEF – que reúne jovens empreendedores de várias partes do mundo – vai acontecer em Lyon, na França, de 19 a 22 de agosto.

“Queremos aprender com a SNA aspectos relativos ao potencial do país para o agronegócio e saber quais são os investimentos necessários para cada segmento do setor, as prioridades, etc”, afirmou Kergall, que também considera importante a promoção de iniciativas locais que permitam, por exemplo, o deslocamento de jovens para a zona rural, com o propósito de desafogar os grandes polos urbanos.

A diretora do WEF defende o chamado “espírito do empreendedorismo”. Segundo ela, “esse espírito deve ser trabalhado desde a infância, isto é, fazer com que as crianças comecem a ter iniciativas desde cedo, a partir de ações de incentivo e estímulo”.

FÓRUM JUNIOR

Uma das propostas de Kergall é implantar no país um Fórum Junior que sirva de base para ensinar os jovens como desenvolver, financiar e apresentar um projeto, como elaborar “business games”, ter um “mentor” para trabalhar a ideia do projeto, e criar uma empresa de maneira mais rápida e prática, para fugir da burocracia.

 

Sylvia Wachsner, coordenadora do Centro de Inteligência em Orgânicos da SNA, acompanha a apresentação de Stéphanie Kergall, diretora do WEF: espírito de empreendedorismo e visão global em pauta. Foto: José Luis Figueiredo
Sylvia Wachsner, coordenadora do Centro de Inteligência em Orgânicos da SNA, acompanha a apresentação de Stéphanie Kergall, diretora do WEF: espírito de empreendedorismo e visão global em pauta. Foto: José Luis Figueiredo

 

FOCO GLOBAL

Para o diretor da Sociedade Nacional de Agricultura Rony Oliveira, o Fórum – que deverá ser realizado no segundo semestre de 2015 no Rio de Janeiro (possivelmente na Firjan), precisa ter foco internacional. “É importante trazer pessoal especializado de fora, para que possamos manter um intercâmbio com o exterior”. Na opinião da diretora do WEF, “o evento deve ser pensado de maneira global, para que os brasileiros possam trocar experiências e ideias com empreendedores de todo o mundo”.

Ao defender a realização do Fórum no Brasil, Rony Oliveira justificou que o empreendedor brasileiro é muito voltado para negócios no próprio país. “Hoje em dia, grande parte das negociações brasileiras é feita com a Ásia, especialmente com a China. E o empreendedor brasileiro que é jovem não pode perder de vista essa oportunidade de negociar com outros países”.

TÓPICOS

Em reunião realizada na SNA, com Mateus Aguiar dos Santos (vice-presidente do Conselho Empresarial de Jovens Empreendedores) e Sylvia Wachsner, coordenadora do Centro de Inteligência em Orgânicos da SNA, Stéphanie Kergall e Rony Oliveira analisaram, num primeiro momento, os possíveis segmentos que poderiam ser abordados durante o evento do próximo ano. Uma das sugestões, apontadas por Mateus Aguiar, inclui o debate em torno da Economia Criativa, abrangendo diversas áreas (gastronomia, artes, moda, etc.), a exemplo do trabalho desenvolvido atualmente pelo Sebrae.

HERÓIS

“O Brasil é um país gigante, estratégico e com um potencial incrível, onde existe esse espírito de empreendedorismo. Pensamos que há muitas possibilidades, e também buscamos o apoio de entidades como o Sebrae e a Fundação Getúlio Vargas, que podem dar voz aos empreendedores do país”, assinalou a diretora do Fórum, que destacou ainda o trabalho de parceria do WEF com o professor Fernando Dolabela, escritor e autor de programas de educação para o empreendedorismo, implantados em mais de 50 cidades no país.

Para ela, os empreendedores são ‘os heróis do amanhã’. “Os governos do mundo querem dar às populações oportunidades de emprego, e os empreendedores são o que oferecem estas oportunidades, que têm a criatividade e o poder para melhorar esse quadro de oferta. Eles são bastante antenados com o que se passa no cenário atual, podem antever tendências e são dotados de uma visão transformadora”.

O EVENTO

O World Entrepeneurship Forum (WEF) foi criado na França em 2008 pela EMLYON Business School, KPMG e outras instituições, com o propósito de desenvolver o espírito de empreendedorismo em todo o mundo. Sua filosofia se baseia no princípio de que, diante das atuais transformações globais, o empreendedorismo, a criação de riqueza e a justiça social serão fundamentais para a formação do mundo nas próximas décadas.

Todos os anos, o WEF reúne mais de 250 participantes (entre empresários, empreendedores, tomadores de decisão, especialistas e acadêmicos), provenientes de 60 países. De forma geral, o encontro inclui debates em torno das últimas tendências e questões sobre o empreendedorismo global; a elaboração de propostas para o desenvolvimento, difusão e promoção do empreendedorismo no mundo, e a implementação de iniciativas empresariais.

Por Equipe SNA/RJ

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