ABPA prevê alta de 5% nas exportações de carne de frango

Dirigentes da ABPA durante coletiva à imprensa para divulgação dos resultados e perspectivas para exportações de carne de frango. Foto: Divulgação ABPA
Dirigentes da ABPA durante coletiva à imprensa para divulgação dos resultados e perspectivas para exportações de carne de frango. Foto: Divulgação ABPA

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) elevou a estimativa para as vendas externas de carne de frango em 5% e manteve a previsão anterior de crescimento da produção, para 2015, entre 2% e 3%.  De acordo com a entidade, o cenário positivo deve-se à abertura de novos mercados para o produto brasileiro que está ocupando espaço dos Estados Unidos.

Segundo o presidente executivo da ABPA, Francisco Turra, a expectativa é muito positiva para os mercados de aves e suínos neste segundo semestre, em especial para o frango.

“A projeção é de crescimento da produção carne de frango entre 2% e 3%, o que resultará em um saldo de 13 milhões de toneladas”, disse o executivo, em coletiva de imprensa realizada em São Paulo.

Uma das razões para o crescimento, na opinião de Turra, é a elevação dos preços da carne bovina.

“Enquanto tivemos um aumento de 3,3% no preço do frango e cerca de 5% nos suínos, a carne bovina deu um salto significativo. Isso fez com que o frango, além de âncora da crise, se tornasse o substituto imediato do boi na mesa do consumidor”, analisa.

Presidente da ABPA, Francisco Turra afirma que  a projeção da entidade é de crescimento da produção carne de frango, entre 2% e 3%,  que resultará em um saldo de 13 milhões de toneladas. Foto: Divulgação
Presidente da ABPA, Francisco Turra afirma que a projeção da entidade é de crescimento da produção carne de frango, entre 2% e 3%, que resultará em um saldo de 13 milhões de toneladas. Foto: Divulgação

RECORDE

De acordo com a ABPA, a elevação dos níveis de embarque para a China, assim como o retorno de outros importantes importadores com Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Rússia e África do Sul, resultaram em crescimento de cerca de 5% nas exportações.

“Em julho, as exportações de carne de frango devem ultrapassar o recorde registrado no mês anterior e superar a barreira das 400 mil toneladas em um único mês”, afirma Ricardo Santin, vice-presidente de aves da ABPA.

Na opinião dele, o aquecimento das exportações brasileiras deve-se ao surto de gripe aviária ocorrido nos Estados Unidos, segundo maior exportador de carne de frango do mundo e principal concorrente do Brasil. Em razão das restrições às importações de importantes países consumidores à carne de frango americana, os embarques do país registraram queda de 8,5%, o equivalente a 350 mil toneladas.

De acordo com Santin, outro fator positivo foi  a abertura de três novos mercados: Mianmar, país do sudeste asiático com mais de 50 milhões de habitantes, Paquistão e Malásia. Ao todo, já são 158 mercados abertos para a carne de frango brasileira.

Vice-presidente do Setor de Aves da ABPA, Ricardo Santin credita o aquecimento das exportações brasileiras de carne de frango à abertura de novos mercados devido ao surto de gripe aviária ocorrido nos EUA. Foto: Divulgação
Vice-presidente do Setor de Aves da ABPA, Ricardo Santin credita o aquecimento das exportações brasileiras de carne de frango à abertura de novos mercados devido ao surto de gripe aviária ocorrido nos EUA. Foto: Divulgação

PROJEÇÃO DA OCDE-FAO

A demanda por carne de frango deve continuar aquecida, segundo o “OCDE-FAO Agricultural Outlook 2015”, estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), com as perspectivas da agropecuária mundial para o período de 2015 a 2024.

Conforme o estudo, a produção brasileira de carne de frango vai crescer 22% nesse período e alcançar 15,7 milhões de toneladas. Conforme as projeções, as exportações brasileiras devem aumentar 2,8%, ampliando 31%.

CARNE SUÍNA

Para a carne suína, a estimativa da ABPA se manteve em 3,5 milhões de toneladas, no mesmo nível do ano anterior. Apesar de estar em recuperação e registrar um saldo positivo pelo segundo mês consecutivo, no acumulado do ano as exportações de carne suína registraram queda de 5,3% nos volumes embarcados no primeiro semestre de 2015 em relação ao mesmo período do ano passado, com um total de 228,4 mil toneladas.

 

Por equipe SNA/SP

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